2013-10-03 13:54:18

Dom Mamberti: solução pacífica para a crise Síria


Nova York (RV) - A paz é uma condição imprescindível para o desenvolvimento humano integral e a paz e os objetivos de desenvolvimento em favor de cada habitante da terra se podem obter somente se cada Estado “assumir plenamente a própria responsabilidade para o bem comum de todos”. Foi o que reafirmou na última terça-feira em Nova Iorque Dom Dominique Mamberti, Secretário para as Relações com os Estados, no seu discurso durante a 68ª Assembleia geral das Nações Unidas, dedicada à tragédia síria.

Ao sublinhar a importância do tema escolhido para a sessão, “Preparamos o terreno para o programa de desenvolvimento após 2015”, Dom Mamberti evidenciou, que faltanto pouco mais de um ano do término fixado pela ONU para os Objetivos do Milênio, esses objetivos estejam ainda longe de serem universalmente atingidos.

O secretário do Vaticano para as Relações com os Estados afirmou ainda que o atual conflito na Síria é “um desafio e uma oportunidade” para a ONU. “Uma solução pacífica e duradoura do conflito sírio criaria um precedente significativo para o século em curso e facilitaria a inclusão na Carta das Nações Unidas do princípio da ‘responsabilidade de proteger’” os civis, afirmou.

O representante da Santa Sé desafiou cada um dos Estados-membros a “assumirem plenamente a sua própria responsabilidade em favor do bem comum de todos”. “Após a crise de 2008, é mais urgente do que nunca envolver todos os Estados na definição de políticas econômicas internacionais para a promoção de finanças mais responsáveis e equitativas”, afirmou.

Dom Dominique Mamberti insistiu ainda na limitação do recurso às armas para a resolução dos conflitos. “É trágico constatar que ainda hoje os mecanismos predispostos pela ONU não têm permitido evitar graves conflitos civis ou regionais, nem proteger as populações, como demonstram os casos do Congo, da África Central e do Médio Oriente”.

Referindo-se expressamente ao caso da Síria, o prelado reafirmou a preocupação da Santa Sé pelo destino das comunidades cristãs e das outras minorias sírias, que “não devem ser obrigadas ao exílio”. (SP)








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