Somália: ataque contra igreja deixa um morto e três feridos
Nairobi (RV) – No Quênia busca-se ainda entender os motivos exatos do sangrento
ataque dos terroristas islâmicos somalis Shabaad ao centro comercial Westgate de Nairobi
e que causou a morte de mais de 60 pessoas. Na terça-feira outro grave atentado contra
uma igreja Católica na fronteira com a Somália. Um morto e três feridos é o balanço
da ação armada.
Os cristãos continuam sendo o alvo de violências, poucos dias
após o sangrento atentado à Igreja de Peshawar, no Paquistão. O ataque armado aconteceu
desta vez em Wajir, norte do Quênia. Os agressores, a bordo de dois veículos, atiram
contra a igreja, lançando depois pelos menos duas granadas para cobrir a fuga.
Também
no passado na área foram registrados ataques do gênero e a proximidade com a Somália
faz pensar a uma nova ação terrorista dos Shabaad, já autores da agressão ao centro
comercial de Nairobi.
Segundo os líderes do grupo fundamentalista o número
de reféns assassinados em Westgate não é de 67, mas 137. Acusam ainda as forças queniotas
de terem usado gás químicos para pôr fim ao assédio.
O Presidente do país,
Kenyatta, declarou que “muitos corpos ainda estão debaixo dos escombros do edifício”.
Já o Arcebispo de Nairóbi, Cardeal John Njue voltou a afirmar que “a vida
é sagrada e ninguém tem o direito de tomá-la. Devemos respeitar a sacralidade da vida
a qualquer religião pertençamos”, disse visitando as pessoas feridas no ataque ao
Centro comercial internadas em dois hospitais da capital queniana.
Também
o Conselho Supremo dos Muçulmanos do Quênia (Supkem) condenou o grave ato de terrorismo,
como informa a agência Cisa de Nairóbi. “Condenamos com as palavras mais fortes o
ataque contra quenianos pacíficos e hóspedes internacionais que vivem e trabalham
no Quênia”, afirmou Adan Wachu, Secretário Geral do Supkem. “Não aprovamos a matança
indiscriminada de homens, mulheres e crianças inocentes. É contrário a todos os ensinamentos
e preceitos islâmicos”. (SP)