Roma (RV) - “A Ásia é o rosto futuro da Igreja”: esse foi o tema de uma Conferência
realizada na última sexta-feira, dia 20 de setembro, pelo Cardeal Luis Antonio Gokim
Tagle, na sede da revista dos jesuítas em Roma, Civiltà Cattolica. Na Conferência,
o Arcebispo de Manila sublinhou que na Ásia a Igreja é a voz das “histórias suprimidas”,
voz dos pobres, das minorias e dos migrantes. E acrescentou que no continente asiático,
a Igreja deve passar da missio ad gentes à missio inter gentes.
Falando
à Rádio Vaticano o Cardeal Tagle falou sobre a evangelização na Ásia e sobre a contribuição
que o Papa Francisco está dando a esse desafio e missão:
R. - A missão
na Ásia deve ser feita na forma de diálogo. E existem três grandes formas de diálogo:
o diálogo com os pobres; o diálogo com as culturas tradicionais e emergentes na Ásia;
e diálogo com as religiões tradicionais. Estamos felizes em ter um Papa que deseja
prosseguir este caminho do diálogo. Não é fácil, no entanto, como minoria dialogar
com as grandes religiões da Ásia! Não é fácil, mas é possível! Estamos contentes,
na Ásia, de que o Arcebispo Parolin seja o novo Secretário de Estado, porque ele ajudou
muito a Igreja na Ásia e, em particular, na relação com o Vietnã. Ele também iniciou
negociações com a China.
P. O que o Papa Francisco está levando aos fiéis
da Ásia, ao seu povo de Manila?
R. - O povo filipino acolheu este novo
Papa, Papa Francisco, com amor, com simpatia e entusiasmo, porque ele mostrou um rosto
da Igreja que é muito próximo à experiência da cultura asiática. Assim como o Papa,
nós damos um valor muito grande ao relacionamento pessoal: cada pessoa é importante!
Quando o Papa se encontra com uma pessoa, o mundo inteiro está concentrado nessa pessoa.
Para os asiáticos esta é uma manifestação de espiritualidade, da proximidade do Senhor.
E assim o Papa Francisco alcançou a imaginação e os corações dos fiéis. (SP)