Tragédia no Paquistão - atentado faz mais de 80 mortos e 150 feridos em igreja cristã.
Papa Francisco apelou à oração
A minoria
cristã no Paquistão é um dos alvos recorrentes da violência de extremistas entre a
maioria muçulmana sunita do país, mas não havia memória de um atentado como o que
matou neste domingo pelo menos 80 pessoas na histórica Igreja de Todos os Santos,
em Peshawar. Pouco depois da celebração de domingo, quando os cerca de 500 fiéis
se preparavam para sair da igreja, dois bombistas suicidas correram em direção à multidão
e acionaram os seis quilos de explosivos que transportavam à cintura. "Vi corpos
e pessoas feridas, a maioria mulheres e crianças a gritar. Alguns corpos tinham sido
decapitados e havia restos mortais no chão", contou Saeed Ullah, de 24 anos, aos correspondentes
do The Washington Post citado pela edição on line do jornal diário português
Público. O Papa Francisco, tendo sido informado do atentado no final da sua visita
a Cagliari convidou todos os cristãos a rezaram pela paz. No final do encontro com
os jovens, o Papa afirmou: "Quando eu dizia andarmos em frente com Jesus, é
para construir, para fazer coisas boas, para levar adiante a vida, ajudar os outros,
construir um mundo melhor e de paz. Mas existem escolhas erradas, porque existem escolhas
de destruição. Hoje, no Paquistão, por uma escolha errada, de ódio, de guerra, houve
um atentado e morreram 70 pessoas. Este caminho não serve. O único caminho é o da
paz, que constrói um mundo melhor. Mas se não o fizerem vocês, ninguém mais o fará.
Este é o problema, e esta é a pergunta que deixo: 'Estou disposto a enveredar por
um caminho para construir um mundo melhor?'. Somente isso. E rezemos um pai-nosso
por todas as pessoas que morreram neste atentado no Paquistão. Que Nossa Senhora nos
ajude sempre a trabalhar por um mundo melhor, a escolher o caminho da construção,
da paz e jamais o caminho da destruição e da guerra". Este atentado é um dos
ataques mais mortíferos cometidos contra cristãos no Paquistão, comunidade que representa
menos de 5% da população deste país de maioria muçulmana. O ataque foi reivindicado
pelos extremistas islâmicos Jundullah, ala paquistanesa dos talibãs. (RS)