Jinotega (RV) – Os Bispos da Conferência Episcopal da Nicarágua estiveram reunidos
nos últimos dias para sua assembleia ordinária, que se realiza a cada dois meses,
na cidade de Jinotega: desde o ano passado, de fato, decidiram se reunir cada vez
numa localidade diferente para encontrar assim a população de todas as dioceses do
país. “Desta vez, os nossos Bispos visitaram a cidade de Jinotega, cidade das neblinas,
afirma a nota enviada à Agência Fides no início da reunião.
Neste encontro,
examinaram temas da Pastoral desta região eclesiástica e terão a ocasião para discutir
sobre alguns argumentos da realidade nacional. Na reunião, como referiram os Bispos
Dom Sócrates René Sándigo (Presidente da Conferência Episcopal) e Dom Silvio José
Báez Ortega, O.C.D. Bispo Auxiliar de Manágua, se discutiu-se também a questão da
sentença do Tribunal de Haia e da reação do Presidente da Colômbia".
A motivação
deste último argumento foi ditada pelas declarações de Dom Eulises González Sánchez,
Vigário Apostólico de San Andrés e Providencia, ilhas que se encontram nas águas do
Pacífico, perto de Nicarágua, mas que estão sob a jurisdição colombiana. O Tribunal
Internacional de Haia, de fato, emitiu uma sentença a favor da Nicarágua a respeito
da propriedade das “águas que vão além do meridiano 82” e que a Colômbia anexou sob
sua jurisdição.
Não obstante muitas autoridades colombianas do lugar, civis
e militares, se expressaram de maneira positiva sobre a sentença, o Presidente da
Colômbia disse publicamente que se trata de uma sentença “que não pode ser aceita
pela Colômbia”.
Dom González Sánchez, numa nota da Conferência Episcopal da
Colômbia, convidou ao invés o seu povo a reconhecer a sentença do Tribunal da Haia
a favor da Nicarágua, e a ser otimista, a ver no mar a imensidão de Deus e a buscar
boas relações com a Nicarágua diante “daquele mar que, agora, é da Nicarágua”. (SP)