Cairo (RV) – Verbas para poder construir muros e grades para proteger as igrejas
de eventuais ataques e dar maior segurança aos fiéis que frequentam as paróquias:
é o que pediu numa carta o Patriarca de Alexandria dos Coptas, Ibrahim Isaac Sidrak.
Dirigindo-se com uma carta à Fundação pontifícia “Ajuda à Igreja que Sofre” (AIS),
o patriarca católico explica que a comunidade copta fiel ao Papa está recebendo numerosas
ameaças e por isso “estamos rezando continuamente a Deus para que proteja as igrejas,
as pessoas e o País”.
Em sua carta, o patriarca apresenta um relatório das
igrejas e centros pastorais de sua Igreja destruídos nos atos de violência nos últimos
meses e afirma que “os católicos não estão seguros e também quando vão trabalhar estão
com medo”.
Em Alexandria, a ameaça do terrorismo é ainda maior: os cristãos
são alvos de “ataques contínuos” e as manifestações ao redor da catedral católica
copta “representam um perigo permanente para os fiéis que querem participar da missa
sem preocupações”. Assim a ideia de levantar mais os muros ao redor da catedral e
de todos os edifícios católicos no Cairo.
Trata-se de uma pequena proteção
– explica Sua Beatitude Sidrak — para dar um pouco mais de confiança e tranquilidade
entre os cristãos e aumentar neles a sensação de segurança. “Não é um mero projeto,
mas um apelo pastoral urgente, uma súplica”, por causa das circunstâncias dos perigos
existentes no País. Como o Patriarcado de Alexandria não dispõe de meios econômicos,
sua beatitude pediu ajuda.
A AIS abriu um abaixo assinado que recolheu até
agora 22.500 euros. Além disso, Sidrak – informa a Agência católica argentina, AICA
– explicou à Fundação que seriam necessários pelo menos 30 mil euros para apoiar as
famílias cristãs a retomarem suas atividades comerciais após suas lojas terem sido
incendiadas; muitas desses católicos não tem meios para alimentar suas famílias.
Na
semana passada, numa entrevista à AIS, o Bispo de Assiut dos Coptas, Kyrillos William,
e Bispo de Minya dos Coptos, Botros Fahim Awad Hanna (ambos católicos), manifestaram
sua esperança em relação à redação da nova Constituição para que possa levar em consideração
os interesses de todos os egípcios. (SP)