"A caridade não é assistencialismo" - o Papa Francisco durante a sua visita a Cagliari
Durante a
tarde do dia de ontem e logo após o almoço o Papa Francisco esteve com cerca de 120
pobres e 37 presidiários na Catedral de Cagliari. O Santo Padre notou a fadiga e a
esperança nos seus rostos. “Todos nós temos misérias e fragilidades. Ninguém é melhor
do que outro. Todos somos iguais diante de Deus. E olhando Jesus, vemos que ele escolheu
o caminho da humildade e do serviço” – considerou o Papa. O Santo Padre advertiu
ainda para o facto da palavra solidariedade correr o risco de desaparecer dos dicionários.
Mas este é o único caminho:
“A caridade não é assistencialismo, nem
sequer um assistencialismo para tranquilizar as consciências. Não, aquilo não é amor:
aquilo é negócio, eh? O amor é gratuito. A caridade, o amor é uma escolha de vida,
é um modo de ser, de viver; é o caminho da humildade e da solidariedade. Não há outro
caminho para este amor.”
O Papa encerrou o seu dia em Cagliari com
os jovens logo após ter encontrado também o mundo da cultura na Aula Magna da Faculdade
de Teologia da Sardenha. Na Praça Carlo Felici de Cagliari o Santo Padre recordou
a Jornada Mundial da Juventude do Rio de Janeiro dizendo: “Talvez alguns de vós estavam
lá, mas muitos certamente acompanharam na televisão e na internet. Foi uma experiência
muito bela, uma festa da fé e da fraternidade que nos encheu de alegria. A mesma alegria
que hoje sentimos”. Num clima de festa e sempre bem humorado, o Papa Francisco
convocou os jovens para a missão dizendo-lhes que abrirmo-nos a Deus, abre-nos aos
outros. "Também os jovens são chamados a se tornarem ‘pescador de homens’. “Tenham
a coragem de ir contra a corrente, sem se deixarem levar pelas correntes. Encontrar
Jesus Cristo, experimentar o seu amor e a sua misericórdia é a maior aventura e a
mais bela, que pode acontecer a uma pessoa!” – concluiu o Papa Francisco. (RS)