Audiência Geral: "A Igreja é como uma boa mãe, sempre perdoa e oferece esperança"
Cidade do Vaticano (RV) – Mais de 80 mil fiéis lotaram a Praça S. Pedro esta
quarta-feira para a Audiência Geral com o Papa Francisco.
Em sua catequese,
o Santo Padre retomou o tema da semana passada, ou seja, da imagem da Igreja como
mãe, destacando três aspectos inspirados do agir “de nossas mães”.
Em primeiro
lugar, assim como uma boa mãe, a Igreja indica-nos a estrada para amadurecermos na
vida. Ela não aprende dos livros, mas do próprio coração. “A universidade de uma mãe
é o próprio coração. Ali ela aprende como crescer os filhos, e isso é muito belo”,
disse Francisco. Fruto do amor de Deus por nós são os Dez Mandamentos. “Estes não
são uma série de «nãos», mas o modo de nos comportarmos bem com Deus, conosco e com
os outros”, afirmou o Papa, convidando os fiéis a uma nova leitura positiva dos mandamentos.
Em segundo lugar, a Igreja é compreensiva e misericordiosa como uma mãe que
pacientemente acompanha os filhos, mesmo crescidos; e, até quando erram, sabe encontrar
maneira de os compreender e ajudar.
“Penso nas mães que sofrem pelos filhos
na prisão ou em situações difíceis: elas não se perguntam se são ou não culpados,
mas continuam a amá-los; e, com frequência, sofrem humilhações, mas sem medo, sem
deixar de se doar.”
A Igreja é assim, garantiu o Pontífice, nunca fecha as
portas; não julga, mas oferece o perdão de Deus, sempre dá esperança.
Finalmente,
pelo bem dos filhos, as mães sabem bater a todas as portas, sobretudo à porta do coração
de Deus.
“Quanto rezam as mães pelos filhos, especialmente pelos mais fracos,
por aqueles que mais precisam, por aqueles que na vida empreenderam caminhos perigosos
ou errados! E sem se cansarem! Ele tem um coração grande. Batam sempre à porta do
coração de Deus com a oração.”
O mesmo faz a Igreja: coloca nas mãos do Senhor,
com a oração, todas as situações dos seus filhos. Confiemos na força da oração da
Igreja, nossa querida Mãe. “Vejamos na Igreja uma boa mãe que indica a estrada que
devemos seguir na vida, sabe ser paciente, misericordiosa e compreensiva e colocar-nos
nas mãos de Deus.” (BF)