Papa envia mensagem pela Beatificação do "padre gaúcho"
Cidade do Vaticano (RV) – “O fato do 'Sacerdote Brochero’ se encontrar finalmente
entre os bem-aventurados é uma alegria e uma grande bênção para os argentinos e para
os devotos deste pastor que tinha o cheiro das ovelhas, que se fez pobre entre os
pobres, que fez e continua a fazer tanto bem, como carícia de Deus ao nosso povo sofredor”.
Foi o que escreveu o Papa Francisco na Carta por ocasião da beatificação, no último
sábado, dia 14, na Argentina, do sacerdote também chamado de “padre gaúcho”, que viveu
entre meados do século XIX e início do século XX. A carta foi dirigida ao Arcebispo
de Santa Fé e Presidente da Conferência dos bispos da Argentina, Dom José Maria Arancedo.
“Gosto
de imaginar hoje Brochero, - continua o Papa -, pastor em sua mula com a franja branca
(Malacara) enquanto percorria os longos caminhos áridos e desolados dos 200 quilômetros
quadrados da sua paróquia, procurando de casa em casa os seus bisavós e trisavós,
para pedir a eles se precisavam de alguma coisa e para convidá-los a fazer os exercícios
espirituais de Santo Inácio de Loyola. Conheceu cada canto da sua paróquia. Ele não
ficou na sacristia penteando ovelhas”.
“O Sacerdote Brochero - recorda Francisco
- era uma visita de Jesus mesmo a cada família. Levava consigo a imagem de Nossa Senhora,
o livro de orações com a Palavra de Deus, o necessário para celebrar a Missa diária.
Convidavam-no a tomar um chimarrão, conversavam e Brochero fala a eles de uma maneira
que todos entendiam porque saia do coração, da fé e do amor que tinha por Jesus”,
finalizou o Papa.
A celebração da missa de beatificação foi presidida pelo
enviado do Santo Padre, Cardeal Angelo Amato, Prefeito das Causas dos Santos na cidade
que agora traz o nome do novo Beato, Villa Cura Brochero, na província de Córdoba.
(SP)