Bispos dos EUA: “O diálogo é a única opção para a Síria”
Washington (RV) – Na contramão das intenções do governo, a Igreja nos Estados
Unidos condena a possibilidade de um ataque contra a Síria.
Os Bispos já haviam
se manifestado antes mesmo do apelo do Papa Francisco no último domingo. Dois dias
antes, em 30 de agosto, o Presidente da Comissão Episcopal Justiça e Paz, Dom Richard
E. Pates, enviou uma carta ao Secretário de Estado dos EUA, John Kerry, na qual escreve
que “a via do diálogo e da negociação entre todos os grupos da sociedade síria, com
o apoio da comunidade internacional, é a única opção que pode conduzir para o fim
do conflito”.
Além de pedir negociações e o imediato cessar-fogo, o Bispo
exorta a fornecer assistência humanitária de maneira neutra a todas as partes envolvidas,
encorajando a edificar na Síria “uma sociedade inclusiva que proteja os direitos
de todos os seus cidadãos, inclusive os cristãos e outras minorias”.
O conteúdo
da carta enviada ao Secretário de Estado foi divulgado agora através de uma declaração
que é assinada, além do próprio Bispo Pates, pelo Cardeal Timothy Dolan, Presidente
da Conferência Episcopal dos Estados Unidos: “Estamos angustiados – se lê no documento
– com o terrível sofrimento do povo sírio e afirmamos novamente a necessidade do diálogo
e da negociação a fim de resolver este conflito que produziu tanta devastação. A partir
do momento que os nossos líderes nacionais estão avaliando uma ação militar, é particularmente
oportuno e urgente que nós, nos Estados Unidos, nos unamos ao apelo do Santo Padre
pela oração e o jejum em 7 de setembro por uma pacífica solução do conflito na Síria
e pelo fim em todos os lugares de todo conflito violento”.
Na nota, publicada
pela Agência Fides, se destaca que, por esses motivos, a Conferência Episcopal dos
Estados Unidos da América pede “a todos os católicos e às pessoas de boa vontade que
se unam a nós em testemunhar a esperança que temos nos nossos corações pela paz para
o povo sírio. Possam as nossas orações, o jejum e o nosso apoio promover uma pacífica
solução para conflito. E possa Maria, Rainha da paz, rezar por nós e pelo povo da
Síria”. (BF)