O próximo Sábado dia 7 de Setembro é Dia de Oração e Jejum pela paz na Síria. Tal
como João Paulo II após o ataque das Torres Gémeas quando organizou uma vigília de
oração em Assis com todos os líderes religiosos e propôs o jejum como método de experiência
espiritual, também o Papa Francisco decidiu jejuar e aconselhar essa prática nesse
dia especial. Em 2002 a Santa Sé, a propósito do encontro de Assis publicou uma nota
sobre o jejum em que o considera ser uma prática que “…facilita a abertura das pessoas
a outro alimento: a Palavra de Deus e o cumprimento da vontade do Pai; está estreitamente
relacionada à oração, fortalece as virtudes, suscita a misericórdia, implora o socorro
divino, conduz à conversão do coração”. “A prática do jejum – lê-se nesta nota
de 6 de dezembro de 2002 – dirige-se ao passado, ao presente e ao futuro: ao passado
como reconhecimento das culpas contra Deus e contra os irmãos; ao presente, para aprendermos
a abrir os olhos para os outros e para a realidade que nos circunda; e ao futuro,
para acolher no coração as realidades divinas e a renovar, a comunhão com todos os
homens e com a Criação, assumindo responsavelmente o dever de cada um de nós na história”.
Sobre as modalidades de jejuar, esta nota ressalta que “do dia de jejum podem
participar livremente todos os fiéis: os jovens, muito sensíveis à causa da justiça
e da paz; os adultos, com a única exceção para os enfermos, e até as crianças, que,
contudo, podem renunciar a alguma coisa em favor dos mais pobres”. “As tradições
locais sugerem vários modos de jejuar: fazendo uma só refeição, comendo apenas pão
e água, ou aguardando o pôr do sol para assumir alimentos. Os bispos devem também
estabelecer um modo simples e eficaz para que o economizado com a privação do alimento
se destine aos pobres, de modo especial aos que sofrem nestes momentos as consequências
da guerra”. Em conclusão, esta nota da Santa Sé datada de 2002 solicita um “sério
exame de consciência dos cristãos sobre o compromisso de cada um em favor da paz”.