CNBB e sociedade civil unem-se em prol do fortalecimento da democracia
Brasília (RV) - Uma campanha cívica, unificada e solidária. Assim se define
a Coalizão Democrática pela Reforma Política e Eleições Limpas lançada na tarde de
terça-feira, 03, na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em Brasília
(DF). Na presença de representantes de mais de 100 entidades da sociedade civil, foi
apresentada a proposta de projeto de lei de iniciativa popular em prol do fortalecimento
dos mecanismos de democracia direta.
“A CNBB acolhe com satisfação os parceiros
de sempre”, disse na abertura do evento o presidente da entidade, Cardeal Raymundo
Damasceno Assis. Ele destacou a presença dos participantes do seminário nacional da
5ª Semana Social Brasileira. “A união de todos os membros é essencial para enfrentar
a luta e vencê-la. Estamos aqui para continuar fortalecendo esta nossa missão comum
que, com as bênçãos de Deus, haverá de produzir bons frutos”.
No ato público,
foram apresentados os principais pontos da proposta: 1) afastar a influência do poder
econômico das eleições, proibindo a doação de empresas; (2) necessidade de reformular
o sistema político, incluindo a questão de gênero e estimular a participação dos grupos
sub-representados; (3) regulamentação do artigo 14 da Constituição em favor da democracia
direta; (4) melhorar o sistema político partidário, aumentando a participação de militantes
e filiados em torno de um programa político; (5) fidelidade partidária programática.
Os
representantes dos diferentes organismos destacaram no evento a urgência para que
a Reforma Política possa entrar na pauta do Congresso Nacional ainda este mês e valer
já para as eleições de 2014. “Será preciso articular todas as entidades para envolver
a sociedade nesse debate. A nossa luta nesse momento é a busca por mais de 1,5 milhão
de assinaturas nesse projeto”, explicou Dom Joaquim Giovani Mol, que preside a Comissão
da CNBB para a Reforma Política.
“Precisamos explicar para a população os pontos
de nossa proposta, já que há uma indignação com a forma como vivemos a política em
nosso país”, completou Dom Joaquim. Ele destacou a força das entidades presentes,
como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), União Nacional dos Estudantes (UNE) e
as diferentes igrejas cristãs em torno desse objetivo. “Este mês será de grande trabalho
para todas essa entidades”. (BF/CNBB)