2013-08-28 12:01:03

Igreja da Papua Nova Guiné pede verdadeira aliança com o Estado


Goroka (RV) – Estado e Igreja na Papua Nova Guiné deveriam recuperar a “verdadeira aliança”, foi o que pediu a comunidade cristã do país depois da celebração do Dia Nacional da Aliança, comemorado por sete anos no dia 26 de agosto. O momento é especial para oração e penitência, com a finalidade de reafirmar publicamente o reconhecimento mútuo entre as Igrejas Cristãs e o Estado.

Segundo nota enviada à Agência Fides pelo Gabinete de Comunicação Social da Conferência Episcopal da Papua Nova Guiné e Ilhas Salomão, em Goroka, o Primeiro-Ministro, Peter O’Neill, e outros parlamentares elogiaram a Igreja durante a cerimônia “por ser parceira na prestação de serviços e pela contribuição ao desenvolvimento da nação”. Alguns, como o Governador de Goroka, Julie Soso, foram ainda mais longe e recordaram o projeto de lei que visa proibir as religiões não-cristãs no país.

No entanto, tal projeto foi rejeitado pela Igreja, buscando sempre ser a favor da liberdade religiosa. O comunicado dos bispos explica à Fides que “as Igrejas não estão de acordo com a pena de morte. Não estão de acordo com muitos dos políticos em matéria de instrução. Nem mesmo estão satisfeitos com a maneira como os fundos públicos são usados e abusados”.

Ainda segundo a nota, “uma verdadeira parceria entre as Igrejas e o Estado, portanto, não existe realmente na Papua Nova Guiné. O que existe é um resíduo da estrutura colonial ou, mais precisamente, da época missionária”. Os bispos relembram que, há um século, os missionários brancos que chegaram ao Pacífico ajudaram a criar os primeiros serviços de instrução e sanitários. Eles construíram escolas e hospitais, ainda hoje geridos em colaboração com o Governo.

Se o Estado quisesse realmente dar valor à Igreja, deveria então “envolvê-la seriamente no processo legislativo, na definição das políticas e no controle dos fundos públicos”, explicam. Para o Dia da Aliança houve celebrações e manifestações públicas em várias cidades. Participaram inúmeros cidadãos cristãos, que oraram pelos líderes civis da nação. (NV)







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