2013-08-27 13:10:16

“É inegável o uso de armas químicas na Síria”


Roma (RV) - “É inegável o uso de armas químicas na Síria”: é a afirmação do Secretário de Estado estadunidense, John Kerry, embora especificando que o Presidente Barack Obama ainda não decidiu sobre um possível ataque. O certo é que a Síria se tornou a prioridade do governo de Washington, que, entretanto, adiou o esperado face a face com a Rússia, marcado para esta terça-feira, 27, para discutir a convocação da Conferência de Paz “Genebra 2”. Decepção foi expressa por Moscou. Nas últimas horas resgistrou-se também um longo telefonema entre o Primeiro-ministro britânico Cameron e o Presidente russo Putin, cada vez mais irritado com a possibilidade de um ataque internacional contra Síria.

Para o Secretário de Estado estadunidense John Kerry o ataque com gás sarin foi uma “obscenidade moral”, que “chocou a consciência do mundo”. Palavras duras, que, unidas às da Casa Branca, para quem “não há dúvidas” de que as armas químicas foram usadas pelo regime, dão uma mão para a hipótese de uma intervenção militar na Síria. A escalada depende talvez também das provas recolhidas nesta segunda-feira pelos inspetores da ONU no local dos bombardeios, definidas “de grande valor”. O trabalho dos inspetores, no entanto, foi dificultado pelos franco-atiradores que dispararam contra eles.

Sobre o episódio, como de costume, os dois lados se acusam reciprocamente sobre a responsabilidade: para a mídia pró-governo tratou-se de “terroristas” para os rebeldes, de militantes de Assad. Enquanto isso, emergem muitos sinais de fermento no Ocidente. Nesta segunda-feira, de acordo com rumores locais, na base militar britânica de Akrotiri, em Chipre, teriam sido registrados movimentos que seriam preparativos para uma guerra.

Enquanto isso, Damasco respondeu às palavras do Ocidente, que confirmou a sua responsabilidade no ataque químico: “São acusações sem sentido; qualquer intervenção ocidental seria prejudicial e improdutiva”. (SP)










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