2013-08-27 16:42:59

Patriarca Caldeu pede aos cristãos curdos para não abandonarem casas e terras, para evitar novo êxodo


Bagdá (RV) – O Patriarca da Babilonia dos Caldeus Louis Raphael I Sako dirigiu um forte apelo aos cristãos do Curdistão iraquiano para que permaneçam nas suas comunidades e não vendam as casas e os terrenos recebidos de seus pais para não acabarem nas mesmas condições dos “emigrados estrangeiros da diáspora”. A recomendação foi feita através de uma carta de 26 de agosto endereçada aos habitantes de quarenta vilarejos cristãos da circunscrição eclesiástica constituída recentemente pela fusão das duas pequenas Diocese de Zakho e Amadhiya e confiadas ao Bispo Rabban Al-Quas.
O Patriarca Sako pode encontrar os cristãos de quarenta vilarejos durante sua recente visita à nova Diocese realizada entre 15 e 23 de agosto. Na carta, referida pela Agência Fides, o Patriarca da Igreja Caldéia manifestou sua gratidão pelo espetáculo de “fé, fidelidade, perseverança, paciência e alegria” experimentado nos seus tantos encontros com os cristãos do Curdistão iraquiano, por ele definidos como “cidadãos com profundas raízes que não podem ser desarraigadas e remontam há dois mil anos”.
Dom Sako partiu deste arraigamento milenar para convidar a todos a seguir o exemplo de 35 famílias que estavam em Mosul e transferiram-se para Duhok, comprando um vilarejo chamado Romtha onde construíram casas, a igreja, uma escola e plantaram pomares.
Para favorecer esta dinâmica de resistência à dispersão, o Patriarca exortou também as formações políticas formadas por militantes e dirigentes caldeus a levaram adiante estratégias de interesse comum. Às Instituições eclesiais foi pedido para que envolvam mais os leigos na gestão de atividades através de conselhos diocesanos e paroquiais.
Segundo estimativas do Patriarcado Caldeu, 14.500 cristãos caldeus, 13 sacerdotes e 34 igrejas fazem parte da nova Diocese. O Curdistão iraquiano, tradicionalmente considerado um local seguro para os cristãos, tornou-se nos últimos anos, para muito, somente “a última parada” no Iraque, antes de emigrarem ao exterior. Segundo alguns analistas, deduz-se que a violência não é a única razão do êxodo dos cristãos do Iraque. (JE)











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