Washington (RV) – Aumentar a assistência humanitária e econômica a favor do
Egito: este é o apelo dos bispos católicos dos Estados Unidos. Em uma carta dirigida
ao Secretário de Estado, John Kerry, eles pedem o auxílio de todos e principalmente,
sua intervenção. Segundo o L’Osservatore Romano, o comunicado foi escrito pelo bispo
de Des Moines, Dom Richard Edmund Pates, Presidente da Comissão pela Justiça Internacional
e Paz. Foi enfatizada a difícil condição da população e a necessidade de promover,
a nível nacional, ações que estabilizem a paz e possam garantir sustento às pessoas
mais vulneráveis.
“Os pobres e as pessoas mais vulneráveis no Egito não devem
pagar o preço da crise política e da violência que afligem o seu país”, diz a carta.
Na nota, Dom Pates ainda chama atenção para as palavras do Papa Francisco, que indicou
a necessidade “da paz, do diálogo e da reconciliação”. Frente à difícil situação que
o país enfrenta, o bispo comenta que “a principal preocupação é a revolta nos confrontos
dos cristãos”, acrescentando que “a destruição das igrejas e a consideração dos cristãos
como objetivos são inaceitáveis”.
A comunidade internacional, ainda, deve “fornecer
recursos e esperança àqueles que vivem na pobreza no Egito”. Entre outras coisas,
Dom Pates cita também a questão dos refugiados presentes no país “que são particularmente
vulneráveis e têm necessidade de assistência e proteção contínua”. O episcopado católico
dos Estados Unidos opera com fins humanitários no Egito – e também em ourtos países
– através do Catholic Relief Services (Crs).
A iniciativa opera em vários campos,
sobretudo na reconstrução de escolas católicas que foram danificadas ou destruídas.
As escolas são conhecidas e apreciadas pela qualidade de educação transmitida aos
estudantes e que é colocada a disposição de toda população. O episcopado ainda enfatiza
a importância da assistência às crianças das famílias de refugiados, visto que milhares
foram ao Egito provenientes de países vizinhos. Outro campo de ação é o da violência
e escravidão que envolvem as mulheres.
Nos últimos anos, a Crs ajudou cerca
de 15 mil pessoas a encontrarem empregos que forneçam suporte adequado às suas famílias.
Em março passado, o projeto lançou uma campanha dos Estados Unidos para o apoio de
suas atividades nacionais e internacionais. Todos os fiéis foram convidados a oferecerem
contribuições com o objetivo “de modificar a vida de mais de cem milhões de pessoas,
dentro e fora do país, com particular atenção às famílias atingidas pelas guerras,
perseguições ou desastres naturais”. (NV)