Anne Frank, Albert Einstein e Chopin: eles eram refugiados
Cidade do Vaticano (RV) – “Os refugiados e os solicitantes de refúgio, não
obstante as sofridas experiências superadas em suas vidas, enfrentam a sua situação
com coragem, arrojo e criatividade. Crêem de coração que o futuro lhes oferecerá mudanças
e novas possibilidades. São confiantes que podem reconstruir suas vidas. Pessoas como
Miriam Makeba, Albert Einstein, Salvador Dali', Anne Frank, Marlene Dietrich, Victor
Hugo, Frederic Chopin obtiveram uma posição especial na sociedade depois de superar
muitas dificuldades. Eram todos refugiados”.
A reflexão é proposta pelo bispo
indiano Joseph Kalathiparambil, bispo secretário do Pontifício Conselho da Pastoral
para os Migrantes e os Itinerantes.
“A chegada de solicitantes de asilo ou
refúgio em um país é apenas o início de um longo processo”, adverte o bispo, ressaltando
que antes de tudo, devem ser providenciadas ajudas de primeira necessidade, no total
respeito do ser humano. “As pessoas não podem ficar em acampamentos de refugiados
ou em abrigos provisórios, porque todo ser humano precisa de um teto”.
Dom
Kalathiparambil recorda as “três soluções duradouras” identificadas pela comunidade
internacional: “a repatriação voluntária, a integração local e o deslocamento a um
terceiro país”. Estas seriam as três formas mais promissoras para garantir um futuro
aos que fogem.
“Com o passar do tempo - continua -, devem ser envolvidos todos
os atores do desenvolvimento. O drama dos refugiados e pessoas erradicadas à força
exige que as infra-estruturas sociais e econômicas sejam restauradas e reforçadas”
– frisa, em artigo publicado no Osservatore Romano. (CM)