Cardeal Sandri: "Que o Egito possa experimentar uma fecunda primavera de humanidade
e liberdade"
Cidade do Vaticano (RV) – A Congregação para as Igrejas Orientais “segue com
viva preocupação a terrível situação do Egito, e reza junto com o Santo Padre pelas
vítimas e por todos que continuam a sofrer as pesadas conseqüências dos acontecimentos
sanguinários do conflito no seio da sociedade egípcia”, declarou o Cardeal Leonardo
Sandri ao jornal L’Osservatore Romano.
Ao expressar ‘proximidade fraterna’
ao Patriarca Copta Ortodoxo Tawadros II e à sua comunidade, o Cardeal Prefeito da
Congregação para as Igrejas Orientais dirigiu uma particular atenção aos coptas católicos,
guiados pelo Patriarca Ibrahim Sidrack, juntamente com o seu predecessor, o Cardeal
Antonios Naguib, e aos bispos, sacerdotes e aos fiéis de todas as Igrejas orientais
católicas e de rito latino presentes no Egito: “O Senhor os sustente nesta provação
tão dura para toda a nação, confortando quantos sofrem no corpo e no espírito, especialmente
aos inocentes, e acolha na sua paz as numerosas vítimas. As suas lágrimas são as lágrimas
de todas as Igrejas orientais espalhadas no mundo”.
O purpurado convida, sobretudo,
a se manter viva a esperança de que “o Egito possa experimentar uma fecunda primavera
de humanidade e de liberdade, especialmente religiosa, vivendo na justiça e na solidariedade,
graças à responsável contribuição de todos os seus habitantes”. E apela para que “sejam
salvaguardadas a dignidade dos indivíduos e das comunidades que o enriquecem numa
mescla admirável de religião, cultura e história e a compreensão mutua entre cristãos
e muçulmanos”.
“Que todos os egípcios, indistintamente, - continuou o Cardeal
Sandri - sejam ajudados pela comunidade internacional a encontrar o caminho da convivência
pacífica. A cada um seja garantida serenidade, educação, saúde, habitação e o quanto
for necessário para uma vida humana digna de tal nome”.
Retomando a exortação
do Papa Francisco, “que sofre e reza pelo Egito”, o Cardeal Leonardo Sandri une-se
à sua “súplica confiante pela amada terra egípcia”, confiando “o Egito e todos os
seus habitantes à Sagrada Família, que exilou-se naquela terra, considerada ao longo
dos séculos abençoada e santa pela hospitalidade que deu ao Redentor”. (JE)