2013-08-20 14:58:37

Egito: Igreja Copta do lado da instituições


Cairo (RV) – A Igreja Copta ortodoxa do Egito está ao lado do exército, sem meios termos. Após vários dias de violências que se seguiram com a retirada forçada dos seguidores do ex-Presidente Morsi, na noite da última sexta-feira, a comunidade liderada pelo Patriarca Tawadros II divulgou sua primeira reação oficial. Numa declaração através da internet, o Patriarca Tawadros, líder da maior confissão cristã egípcia, exclui qualquer diálogo com a Irmandade Muçulmana. A Igreja Copta ortodoxa se declara, de fato, “do lado da lei egípcia, das forças armadas e de todas as instituições civis egípcias para enfrentar violentas organizações armadas e forças cinzentas do mal, seja internas e externas”.

“Os ataques a prédios governamentais e a igrejas pacíficas estão aterrorizando todos, sejam coptas, sejam muçulmanos, lê-se ainda no texto do Patriarca Tawadros. Estas ações são contra todas as religiões, contra toda moralidade e contra o sentido da humanidade”. Deve-se, porém, assinalar que em alguns casos – como em Sohag e em Mynia – houve grupos de muçulmanos moderados que realizaram correntes humanas para se opor aos agressores e proteger os lugares de culto.

A Igreja Copta também dá um juízo pesado sobre como, fora do Egito, é apresentada a crise: fala expressamente de “falsidades transmitidas pelas mídias ocidentais”, às quais se pede rever “de maneira objetiva” a maneira como são descritas as ações daquelas que são definidas sem meios termos de “sangrentas organizações radicais”. “Em lugar de legitimá-las com o apoio global e uma cobertura política, enquanto tentam espalhar destruição e morte em nossa amada terra – defende a Igreja Copta ortodoxa – a mídia deveria apresentar todos os fatos com verdade, perspicácia e honestidade”.

Em geral, Tawadros acusa a Irmandade Muçulmana de ter buscado com todas as maneiras o confronto sectário. E por sua vez, insiste no apoio à “unidade nacional” e à rejeição a qualquer “interferência internacional nos nossos assuntos internos”. (SP)







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