2013-08-19 20:52:56

Bispo auxiliar caldeu de Bagdá: cristãos na linha de frente na assistência aos refugiados sírios


Bagdá (RV) - Milhares de curdos sírios continuam atravessando a fronteira que divide a Síria do Curdistão iraquiano, em fuga da guerra e das privações. As mais de 15 mil pessoas que atravessaram o confim se juntaram aos 154 mil refugiados já presentes no território iraquiano. Sobre a situação humanitária a Rádio Vaticano entrevistou, por telefone, o bispo auxiliar caldeu de Bagdá e presidente da Caritas no Iraque, Dom Shlemon Warduni. Eis o que disse:

Dom Shlemon Warduni:- "No momento estamos em visita pastoral, com o Patriarca, no norte do Iraque. Visitamos cerca de trinta famílias de refugiados hóspedes de nossos cristãos. Além disso, aqui temos dois campos de refugiados e o governo do norte busca fazer o possível para ajudar este povo."

RV: Que tipo de assistência se tem dado a essas pessoas?

Dom Shlemon Warduni:- "Os nossos cristãos lhes dão assistência fazendo o possível. Mas não é tão fácil, de imediato, porque no momento não há muita disponibilidade: aqui nos encontramos diante de necessidades extraordinárias. Na Síria há grandes dificuldades e as pessoas vão para o lugar mais próximo delas onde encontram disponibilidade. Como faziam os nossos iraquianos quando havia grandes dificuldades: buscavam um lugar mais seguro onde pudessem seguir adiante e viver com tranqüilidade."

RV: Apesar de todas as dificuldades em dar assistência imediata, o Iraque é um dos países que mais acolhe refugiados provenientes da Síria...

Dom Shlemon Warduni:- "Também a Síria, quando estávamos em grandes dificuldades, acolheu muitos cristãos em suas cidades: Alepo e Damasco, por exemplo. Portanto, agradecemos a Deus por existir este espírito de ajudar os outros."

RV: Esta preocupação pelos refugiados oriundos da Síria se acrescenta a outra preocupação pelas vicissitudes internas do Iraque, atingido por numerosos ataques e por numerosas ameaças à segurança...

Dom Shlemon Warduni:- "Estamos numa situação de grandes dificuldades, e não sabemos o que fazer. Por isso rezamos sempre. Sempre gritamos ao mundo inteiro: "Ajudem-nos a fazer a paz, a criar a segurança, a transmitir este sentido cristão do amor de modo que todos, juntos, possamos fazer algo!" É isso que Cristo nos pede, é isso que a Igreja deve viver!" (RL)







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