Egipto - os cristãos estão a ser perseguidos - fala o porta-voz dos bispos católicos
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No Egito martirizado
pelas violências e pelos temores de uma guerra civil, as palavras do Papa Francisco
no Angelus de quinta-feira passada na Solenidade da Assunção de Nossa Senhora chegaram
como um pequeno raio de esperança. Um apelo em favor da paz e do diálogo que foi apreciado
pelos cristãos, mas também pelos muçulmanos do país. Foi o que ressaltou o porta-voz
dos bispos católicos egípcios, Pe. Rafiq Greiche, entrevistado pela Rádio Vaticano: Pe.
Rafiq Greiche:- "Assim que o Papa concluiu o Angelus, as pessoas, os católicos, bem
como os ortodoxos e até mesmo os muçulmanos, publicaram em todos os lugares as suas
palavras: nos jornais, em todos os sites web, como se todos estivessem esperando que
o Papa falasse! Em particular, os católicos sentiram que o Papa se faz próximo deles,
que reza por eles e que busca infundir-lhes esperança: é aquilo de que verdadeiramente
precisam." RV: Como está a situação hoje? Há o temor, infelizmente, de um novo
derramamento de sangue... Pe. Rafiq Greiche:- "Ontem à noite (dia 16) houve muitas
manifestações da Irmandade muçulmana; houve violência não somente nas igrejas, mas
também nas instituições: foram também incendiados postos policiais, 40 igrejas – das
quais 10 católicas e 30 entre ortodoxas, protestantes e greco-ortodoxas – foram saqueadas
ou incendiadas, quando não totalmente destruídas..." RV: A seu ver, como se poderá
encontrar um caminho para a reconciliação? Pe. Rafiq Greiche:- "Sinto muito ter
que dizer que não será nada fácil alcançar a reconciliação, porque a Irmandade muçulmana
e todos os partidos muçulmanos não estão comprometidos com a busca de uma solução
política... O povo quer um Egito pacífico, enquanto um pequeno grupo está difundindo
violência e terror até mesmo nas aldeias do Alto Egito."