2013-08-14 11:18:42

Egipto - mais de 500 mortos num país em estado de emergência. Irmandade Muçulmana promete mais manifestações


A Irmandade muçulmana prometeu para os próximos dias mais manifestações. O exército está autorizado a disparar sobre "manifestantes violentos", anunciou o Ministério do Interior egípcio, enquanto chega a 578 um novo balanço oficial sobre a violenta acção das forças da autoridade na quarta-feira para desocupar as duas praças que tinham sido tomadas por acampamentos da Irmandade Muçulmana, que protestavam contra o golpe que depôs o Presidente Morsi. O Conselho de Segurança da ONU apelou a todas as partes no Egito na noite de quinta-feira para que acabem com a violência e exerçam o máximo controlo. Recordemos que tudo começou quando os manifestantes se instalaram em protesto em várias praças no Cairo. Após várias semanas as forças militares e policiais reprimiram manifestantes que exigem a recondução do presidente deposto Mohamed Mursi.
A investida das forças de segurança egípcias na manhã de dia 14 de Agosto contra os apoiantes de Mohamed Morsi, o Presidente islamista deposto em Julho pelo Exército, desencadeou uma onda de violência que está a manchar de sangue todo o país. Além do Cairo, onde segundo as mais recentes informações mais de uma centena de pessoas foram mortas nas últimas horas, há notícias de confrontos em Alexandria e em várias cidades do Delta do Nilo. O estado de emergência foi decretado em todo o país e o recolher obrigatório foi anunciado para o Cairo e 11 províncias.
A situação em várias zonas da capital egípcia é descrita como caótica e as restrições impostas pelos militares impedem os jornalistas de confirmar muitas das informações postas a circular por ambos os lados – a Irmandade Muçulmana, movimento islamista de que Morsi era dirigente, diz que a polícia matou mais de dois mil manifestantes; o governo interino (tutelado pelos militares) confirma apenas 56 vítimas em todo o país, incluindo vários polícias.
Segundo a edição on line do jornal Público a violência alastrou a outras partes da capital depois de a Irmandade Muçulmana ter apelado aos seus apoiantes que saíssem à rua contra esta “tentativa de esmagar de uma forma sangrenta toda a voz que se opõe ao golpe de Estado militar”. A BBC noticiou que os islamistas estão a concentrar-se na praça Mostafa Mahmoud, e a Reuters divulgou imagens do momento em que um veículo da polícia era atirado abaixo de uma viaduto em Nasr City, nos arredores da praça Rabaa al-Adawiya.
A Irmandade Muçulmana rejeitou todos os ultimatos do Exército, assegurando que só parará os protestos quando Morsi, detido há mais de um mês, regressar ao poder. O Governo interino descarta tal possibilidade e assegura que só negociará com os islamistas quando estes desistirem dos protestos nas ruas.
Enquanto isso, o Nobel da Paz Mohamed ElBaradei, que participava no governo interino pós derrube do Presidente Mohamed Morsi, apresentou a sua demissão. Um dos vice presidentes do executivo, ElBaradei disse que não podia conitnuar e ser assim "responsável por um banho de sangue".











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