2013-08-12 12:30:54

Bispo pede que parem especulações sobre sequestrados na Síria


Damasco (RV) – “Toda semana alguns políticos ou jornalistas trazem histórias acerca dos dois Bispos Metropolitas de Apello sequestrados. No entanto, até agora, tratam-se sempre de alegações inverificáveis. A realidade é que já passaram quatro meses desse sequestro e ainda não sabemos por quem foram levados”. É assim que refere à Agência Fides o Metropolita Timotheus Matta Fadil Alkhouri, assistente patriarcal do Patriarcado sírio-ortodoxo de Antioquia.

Os últimos rumores não verificados ainda vêm dos Estados Unidos, onde o político republicano Charlie Dent recentemente prontificou-se para recolher notícias sobre os bispos sequestrados – o sírio-ortodoxo Mar Gregorios Yohanna Ibrahim e o grego-ortodoxo Boulos al-Yazigi – a pedido da comunidade síria da cidade de Allentown. Fontes anônimas próximas à diplomacia britânica ainda atribuíram ao político a dedução de que os dois bispos, ainda vivos, estariam em território turco como reféns dos grupos islâmicos envolvidos em uma “conspiração” para transferir a sede do Patriarcado sírio-ortodoxo de Damasco à Turquia.

Tendo em vista tais especulações da mídia, deve ser entendido o comunicado, feito há alguns dias, em que a Igreja síria-ortodoxa enfatiza que a sede patriarcal não mudará de Damasco. Ainda rejeitaram com indignação as insinuações divulgadas pela imprensa sobre a possível rivalidade intra-eclesiástica entre as causas do sequestro dos bispos de Aleppo.

O Bispo Timotheus Matta reitera à Fides que “A verdade é que até hoje não sabemos quem são os responsáveis. Rezamos para que Deus os proteja. Até o momento não temos nenhum indício que possa contradizer a esperança de que estão vivos e com boa saúde, mas não vamos mais atrás das histórias que, a toda hora, são colocadas em círculos sem serem confirmadas. Gostaríamos apenas de encontrar contatos sérios e reais com quem verdadeiramente devemos pedir sua libertação”.

O bispo sírio-ortodoxo confirma ter ouvido que o padre Paolo Dall’Oglio – o jesuíta italiano de quem perderam o controle entre os dias 28 e 29 de julho na cidade de Raqqa, nas mãos das forças da oposição do regime de Assad – gostaria de “fazer qualquer coisa pelos sequestros, mas não sabemos com quais grupos fez contato”. Ele ainda complementa que “nas condições dadas, nos interessa apenas que alguém – Governo, ONG, forças e pessoas de boa vontade presentes naquelas zonas – nos dê qualquer indicação útil e concreta relacionada à situação dos bispos”. (NV)







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