2013-08-11 11:13:25

Bispos dos EUA engajados pelos direitos dos migrantes


Filadélfia (RV) – Os bispos nos EUA auspiciam a aprovação de uma “lei razoável” para a reforma do sistema migratório. Quem o diz é o Arcebispo de Filadélfia, Dom Charles Joseph Chaput, em artigo publicado no site catholicphilly.com. Segurança e tutela da dignidade devem ser referências básicas para a nova lei, segundo ele.

Em junho passado, o Senado aprovou um projeto de lei de reforma que regulamente os interesses e a permanência de estrangeiros no território estadunidense, que para ser definitivo deve obter o pronunciamento da Câmera, previsto entre setembro e outubro.

Alguns membros da Câmera já preanunciaram que vão impedir a tentativa de reforma, “o que seria, além de um erro político, uma amarga tragédia humana”, lamenta Dom Charles.

O episcopado quer uma lei que garanta ao mesmo tempo segurança dos confins e respeito dos direitos dos migrantes e de suas famílias. Em nome dos bispos, o Presidente da Conferência e Cardeal-arcebispo de Nova York, Dom Timothy Michael Dolan, sintetizou que é preciso “uma reforma concreta e humana, fundada na experiência católica”.

O maior obstáculo para a aprovação da lei é a questão da regularização dos migrantes sem documentos, para quem a reforma concederia o direito de requerimento da cidadania. “A maior parte dos imigrantes irregulares nos EUA contribui para a prosperidade do país e não tem alguma intenção de ameaçar o bem comum. Milhares de agricultores e empresários dependem de seu trabalho”, assegura o arcebispo de Filadélfia.

“Para os católicos, que pertencem a uma Igreja que defende o direito de toda pessoa de migrar em busca de uma vida melhor para si e sua família, o ressentimento contra os migrantes é errado”, adverte Dom Charles.

Já em 2009, a poucos dias da posse de Barack Obama na Casa Branca, os bispos escreveram uma carta para assegurar “suas orações, esperanças e empenho” em favor da nação, evidenciando também como prioridade “defender a vida e a dignidade de todos, especialmente dos pobres e mais vulneráveis”, em clara referência aos imigrantes.








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