Genebra (RV) - As Nações Unidas estão trabalhando para relançar a Conferência
de Genebra sobre a Síria; uma reunião que está encontrando dificuldades na sua preparação
pela resistência de vários países. E enquanto cresce a emergência humanitária, um
novo balanço do conflito fala de pelo menos 4.420 pessoas mortas durante o mês de
Ramadã. Enfim as autoridades italianas informaram não ter nenhuma notícia sobre o
paradeiros do Padre Dall’Oglio, que desapareceu na Síria, enquanto o jornalista também
italiano, Quirico, seqüestrado naquele país alguns meses atrás, estaria nas mãos da
criminalidade local.
Após a desmentida por parte do regime da notícia divulgada
pelos rebeldes de um ataque direto contra o comboio que ontem de manhã, quinta-feira,
acompanhou o Presidente Assad à mesquita pela festa do Eid al-fit, uma emboscada das
forças que defendem o governo provocou mais de 60 vítimas entre os rebeldes. A notícia,
celebrada triunfalmente também pela agência síria filo-governativa SANA, destaca que
muitas das vítimas não são de nacionalidade síria e eram ligadas à frente al-Nousra,
um dos braços armados de al-Qaeda no país.
Entretanto, o Observatório Sírio
para os Direitos Humanos, próximo à oposição, publicou mais um balanço de mortes durante
o mês sagrado do Ramadã: pelo menos 4.420 pessoas, em grande parte militares e rebeldes,
mas também mais de 1.300 civis, entre os quais 302 crianças.
E o povo sírio
continua a ser vítima também dos interesses internacionais das potências envolvidas
no conflito: ontem o Presidente russo Putin, que apóia o regime de Damasco, anunciou
ter rejeitado a proposta da Arábia Saudita de retirar o apoio a Assad em troca de
uma ingente compra de armas por parte de Riad. (SP)