Pio XII e o Movimento Litúrgico. Que influência tiveram no Concílio Vaticano II?
Cidade do Vaticano (RV) – Vamos retomar - no
nosso espaço dedicado à Memória Histórica – 50 anos do Concílio Vaticano II – o estudo
dos fatores, dentro da Igreja, que criaram condições para a convocação do Concílio
Vaticano II. Hoje falaremos do Papa Pio XII e o Movimento Litúrgico.
O Movimento
Litúrgico foi outra porta de acesso da modernidade, na perspectiva dos princípios
modernos da existencialidade, compreensibilidade e da participação, três reivindicações
da modernidade.
A existencialidade mostrou-se no crescente desejo dos fiéis
e nas reformas iniciadas por Pio X de que as celebrações não fossem distantes das
experiências das pessoas. As ações litúrgicas não são ritos fechados, herméticos,
realizados por alguns ministros especializados, de quem os fiéis recebem unicamente
a objetividade dos frutos, sem vivenciá-los, sem perceber nenhuma relação deles com
a própria vida pessoa, comunitária, familiar, social. A existencialidade exige uma
compreensão do que se celebra. Assim, a liturgia viu-se obrigada a submeter-se a transformações
profundas, já que se cristalizara numa linguagem e cultura que se tornavam cada vez
mais incompreensíveis para as pessoas da modernidade. Quebrava-se assim, a hieraticidade
e sacralidade intangível da liturgia, fazendo-a mais próxima das pessoas numa atitude
moderna.
O teólogo jesuíta João Batista Libânio, continua a nos acompanhar
neste trajeto da contextualização do Concílio Vaticano II, falando-nos hoje Pio XII
e o Movimento Litúrgico: