Fundação 'Populorum Progressio' adota critérios mais rígidos na avaliação de projetos
Cidade do Vaticano (RV) – Devido à crise econômica e aos pedidos de austeridade
por parte do Papa Francisco, a Fundação Vaticana ‘Populorum progressio’ passou
a adotar critérios mais rígidos na avaliação dos projetos. Foi o que afirmou o Sub-secretário
do ‘Cor Unum’, Monsenhor Segundo Tejado Muñoz, ao jornal L’Osservatore Romano.
“Se
no projeto aparecem despesas como automóveis de representações, escritórios com móveis
de luxo, compensações elevadas, etc, então retiramos imediatamente”, assinalou o Sub-secretário
do dicastério, do qual depende a Fundação instituída pelo Papa Wojtyla com um quirógrafo
de 13 de fevereiro de 1992, ano que coincidiu com o 5º centenário da evangelização
do continente americano.
Um total de 170 projetos foi financiado nos últimos
12 meses pela Fundação ‘Populorum Progressio’. Destes, 27 na Colômbia, 22 no
Brasil, 16 na Bolívia, 15 no Peru e ainda na Argentina, Chile, Costa Rica, Equador,
El Salvador, Guatemala, Haiti, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, República
Dominicana, Uruguai e Venezuela.
Os fundos, em parte, são fornecidos por pessoas
ou entidades privadas, mas a maior cota provém da Conferência Episcopal italiana,
revelou Monsenhor Muñoz.
Quanto aos critérios de seleção dos projetos, pede-se
que o compromisso seja do voluntariado “e isto é um elemento imprescindível”. “Após
indaga-se sobre a confiabilidade de quem apresenta o projeto à Diocese. Queremos assim
– diz Monsenhor Tejado Muñoz -, estar seguros de colocar aquele pouco de que dispomos
nas mãos certas para a realização do projeto”.
“Geralmente – avalia ele -,
para cada projeto aprovado, destinamos um máximo de US$ 15.000. Valor que chega ao
destino com 95-96% do valor total . Os custos de gestão do projeto não superam nunca
os 4,5% da soma destinada. E não é pouco se pensamos que uma normal ONG, emprega de
45 a 50% para as despesas administrativas, da soma destinada para a sua realização”.
(JE)