Eleições no Zimbabwe foram pacíficas e regulares - IMBISA e Comissão Justiça e Paz
zimbabweana
Numa declaração conjunta retomada pela agencia Fides, a Comissão Episcopal “Justiça
e Paz” do Zimbabwe e a IMBISA, órgão que reúne as Conferências Episcopais da África
Austral, as eleições foram pacíficas e regulares, não obstante algumas dificuldades.
Esses dois organismos tinham 2.797 observadores eleitorais para verificar
se tudo corria de forma regular. A IMBISA tem vindo desde há anos a apoiar os esforços
tendentes a consolidar a democracia no Zimbabwe.
Louvando o facto de alguns
eleitores em fila, terem podido votar mesmo depois da ora estabelecida para o encerramento
das urnas e de a contagem dos votos ter iniciado imediatamente depois, os dois organismos
católicos assinalaram, contudo, algumas dificuldades ligadas à confusão nas listas
dos eleitores, o que impediu a muitos cidadãos de exercer o seu direito de voto.
Indicaram
também 47 acções graves, como por exemplo intimidação dos eleitores, mas sublinham
que no conjunto o voto foi regular, como aliás, declarou a missão dos observadores
da UA chefiada pelo ex-Presidente nigeriano, Olusegun Obasanjo. Ele definiu as eleições
“livres, iguais, e credíveis, se se excluírem alguns acidentes que não foram, contudo,
tão importantes ao ponto de modificar o resultado”.
Recorde-se que os resultados
parciais dão quase por certo de que o vencedor será o presidente cessante Robert Mugabe,
contra o outro candidato, Morgan Tsvangirai, ex-Primeiro Ministro.