Igreja Ortodoxa russa doa US$ 1,3 milhões para população síria
Moscou (RV) – A Igreja Ortodoxa russa disponibilizará US$ 1,3 milhões para
ajudar a população na Síria. Foi o que informou o responsável pelo Serviço de Imprensa
do Departamento Sinodal para as Obras Caritativas, Basile Roulinsky. Esta quantia
foi arrecadada graças a uma campanha lançada pelo Patriarca Kirill, em todas as igrejas
do Patriarcado de Moscou, no último 25 de junho.
O Reitor da Universidade de
Santa Tatiana, Arcipreste Vladimir Vigilijanskij, disse que “foi uma surpresa a quantidade
de doações recolhidas no domingo 30 de junho”. Os fundos serão enviados pelos organismos
caritativos da Igreja Ortodoxa russa diretamente ao Patriarcado Greco-ortodoxo de
Antioquia, com sede em Damasco.
Num comunicado divulgado no início da campanha,
o Patriarca Kirill recordava que “uma parte significativa da população síria é formada
por nossos irmãos na fé: no centro da cidade de Damasco encontra-se um dos mais antigos
Patriarcados Ortodoxos, o de Antioquia”.
Segundo estimativas das Nações Unidas
– citadas pelo Departamento de Relações Exteriores do Patriarcado de Moscou – o número
de vítimas da guerra na Síria ultrapassa 90 mil mortos, enquanto milhares de cidadãos
abandonaram o país, tornando-se refugiados. Nos dois anos de guerra, a Síria teria
perdido 80 bilhões de dólares.
A situação dramática vivida na Síria foi recordada
numa declaração divulgada nos dias passados pelos Primazes e Representantes das Igrejas
Ortodoxas locais, reunidos em Moscou para a celebração do 1025º aniversário de Batismo
da ‘Rus’, data fundamental para o advento do cristianismo na Europa Oriental. “Na
guerra fraticida em curso, existe um extermínio em massa de cristãos e de membros
de outros grupos religiosos, que são expulsos de suas cidades e vilarejos, dos locais
onde viveram por séculos fraternalmente, lado a lado, com membros de outras tradições
religiosas”.
O comunicado conclui lançando um apelo às partes envolvidas no
conflito para cessar toda a violência e o extermínio da população civil e pede uma
moratória nas operações militares, para que uma solução pacífica do conflito civil
seja elaborada numa mesa de negociações”. (JE)