Cardeal Óscar Maradiaga: "As JMJ são um poderoso instrumento da Nova Evangelização"
Cidade do Vaticano (RV) – “As Jornadas Mundiais da Juventude são um meio poderoso
da nova evangelização” e “a experiência do Rio de Janeiro com o primeiro Papa latino-americano,
superou toda e qualquer expectativa”, afirmou o Arcebispo de Tegucigalpa e Presidente
da Cáritas internacional, Dom Oscar Andrés Rodríguez Maradiaga. O purpurado - que
é coordenador do Grupo dos 8 Cardeais conselheiros do Papa Francisco – acompanhou
de perto a Jornada no Rio e concedeu uma entrevista ao L’Osservatore Romano.
Dom
Oscar Maradiaga, disse que os ‘ritos conclusivos’ estão entre os momentos que mais
o tocaram, explicando que na Vigília de sábado à noite “pudemos ver tantos jovens
próximos a Jesus Cristo no Sacramento do Altar”. “A Adoração Eucarística é a força
dos nossos jovens. O que se vê nos Congressos Eucarísticos da América Latina – ressaltou
– pudemos tocar com as mãos na Praia de Copacabana”.”Se os Congressos Eucarísticos
são particularmente importantes na devoção das nossas populações, tanto que são sempre
mais freqüentados, a JMJ com a presença do Santo Padre atraiu um número ainda maior
de fiéis”, observou.
Para o Presidente da Cáritas, as Jornadas Mundiais da
Juventude favorecem uma redescoberta da fé, “ou mesmo uma descoberta”, e este fato
explica o porquê do sucesso de cada nova edição.
O Cardeal Maradiaga participou
de diversas Jornadas e viu elas produzirem “copiosos frutos”, como em Colônia, na
Alemanha em 2005, a primeira Jornada de Bento XVI. “As famílias cristãs, com os filhos
já crescidos, acolheram jovens de outros países, o que levou nas suas casas um ‘ar
renovado’, afirmou. “Também alguns anciãos redescobriram a relação com o sagrado”,
o mesmo acontecendo em Madri, em 2011”, observou.
Além da redescoberta da fé,
o Arcebispo de Tegucigalpa citou Sydney 2008, para exemplificar a descoberta da fé
por aqueles que estavam longe ou indiferentes. “Quando ocorre o encontro do Papa com
as novas gerações numa cidade – observou -, mesmo que sendo muito distante geograficamente
e caracterizada por uma maioria da população não-católica e secularizada, existe o
sopro de um novo ar, “que faz conhecer a mensagem que vem do Evangelho graças, sobretudo,
ao entusiasmo com que os jovens testemunham a fé pelas ruas”.
Ao final da entrevista,
o Cardeal Maradiaga atribuiu também ao Papa Francisco o sucesso da JMJ Rio 2013, “com
seus gestos, suas palavras, as suas decisões difundem esperança, sobretudo no nosso
continente”. “Graças a ele, na América Latina e em toda a Igreja estamos vivendo um
tempo de graça, ao qual todos nós devemos dar uma contribuição de amor”. (JE)