2013-08-01 14:10:57

Líderes religiosos pedem paz na República Centro-Africana


Bangui (RV) – Juntamente com a vigília da independência nacional, uma jornada de oração pela paz foi convocada para 12 de agosto por líderes religiosos de Bouar, na República Centro-Africana. O país vive uma situação difícil desde quando os rebeldes da aliança Seleka perseguiram o ex-presidente François Bozizé e empossaram o líder rebelde Michel Djotodia.

Segundo uma nota enviada à Agência Fides por Padre Aurelio Gazzera, missionário carmelita, a iniciativa foi firmada no encontro de líderes religiosos ocorrido no dia 19 de julho em Bouar. Participaram da reunião 31 pessoas representando católicos, protestantes e muçulmanos que prepararam uma mensagem lida nas igrejas e mesquitas.

“A nossa fé em Deus, sejamos cristãos ou muçulmanos, nos desafia e nos impulsiona a escutar o grito de dor de nossos irmãos e irmãs, imersos na guerra há meses”, afirma a mensagem. “Nenhuma fé, seja ela cristã ou muçulmana, permite a violência, o homicídio, o furto, a depredação e o estupro. Os condenamos fortemente. Convidamos todos para serem fiéis a Deus, a Sua lei e a grande coerência. Se todos os que crêem respeitassem a lei de Deus, não haveria nenhuma guerra”.

Direcionando às autoridades, os líderes os convidam “a respeitar o juramento de servir ao país”, a serem “homens e mulheres honestos” e terem “uma postura de serviço e respeito a todos, de qualquer etnia, religião, sexo ou partido político”. A mensagem ainda enfatiza: “alguns setores do Estado são mais sensíveis que outros, em particular a saúde e a educação. O Estado tem um dever específico, que é aquele de pagar os próprios funcionários. Mas temos também a obrigação por parte dos funcionários! Convidamos todos a voltarem ao trabalho e então a confiança e o respeito retornarão”.

Os chefes religiosos ainda lançaram um forte apelo aos rebeldes Seleka para que se convertam e assim termine “a longa série de crimes, homicídios, estupros e depredações”. “Pedimos aos homens armados o respeito pela pessoa humana, o respeito pelo Estado e seus funcionários. O respeito por todos, sobretudo às mulheres, doentes e crianças”. A mensagem se conclui pedindo aos jovens para que não cedam ao desânimo e não peguem o caminho da violência. (NV)







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