2013-07-31 12:26:36

Polícias cabo-verdianos detidos em Bissau, chegam nesta quarta-feria à cidade da Praia


Segundo o jornal cabo-verdiano “A semana on line”, que cita fontes da Administração interna cabo-verdiana, os dois polícias cabo-verdianos detidos desde o passado dia 12 deste mês de Julho em Bissau, foram libertados ontem, 30 de Julho e devem chegar na tarde desta quarta-feira, 31 à Cidade da Praia, num voo da Air Maroc.

Segundo a mesma fonte, Júlio Tavares e Mário Lúcio de Barros já se encontram instalados num hotel em Bissau, estão bem e estão acompanhados pelo Embaixador de Cabo Verde em Dakar, Francisco Veiga.

Os dois agentes da Direcção de Estrangeiros e Fronteiras de Cabo Verde tinham-se deslocado no dia 9 a Bissau para acompanhar uma cidadã guineense acusada de tráfico de droga e que já tinha descontado parte da pena em Cabo Verde, devendo ser extraditada para o país natal.

Mas de regresso à Cidade da Praia, os dois agentes teriam sido detidos pela polícia guineense já na sala de embarque no Aeroporto de Bissalanca. As autoridades guineenses queixaram-se de não ter registo de entrada de qualquer cidadão extraditado, acusando os polícias cabo-verdianos de atentado à segurança do Estado guineense e que por isso iam ser submetidos a julgamento pelo Tribunal Militar do país.

Preocupadas com a situação, as autoridades cabo-verdianas, desde o Presidente da Republica, Jorge Carlos Fonseca, ao Primeiro Ministro, José Maria Neves, ao líder do principal partido de oposição, Ulisses Correia, foram unânimes em envidar esforços diplomáticos para garantir o regresso a Cabo Verde dos dois agentes da politica nacional.

“A Semana on line” refere que “no fim nada ficou provado, a acusação inicial de atentado à segurança do Estado guineense da Guiné caiu por terra e tudo terminou como começou: nada. Nem culpa formada, nem passagem pelo tribunal para justificar o sucedido. Mas os dois polícias não vão esquecer tão cedo o que passaram naquilo que devia ser uma missão de serviço normal a um Estado vizinho e membro da CEDEAO.
Em Cabo Verde – sublinha ainda o jornal - a opinião publica exige explicações e está à espera que o porta-voz das autoridades guineenses, Fernando Vaz, o faça.

A detenção dos dois agentes cabo-verdianos em Bissau aconteceu três meses depois de as autoridades americanas terem detido em águas cabo-verdianas o contra-almirante guineense Bubo Na Tchuto, por suspeitas de envolvimento no tráfico internacional de droga e que está a ser julgado nos Estados Unidos. Muitos viram nessa detenção dos polícias cabo-verdianos em Bissau, um possível acto de retaliação da parte da Guiné.

Aguardam-se, com o regresso de Júlio Tavares e Mário Lúcio de Barros a Cabo Verde, maiores esclarecimentos sobre o ocorrido.








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