2013-07-31 16:18:21

Fraternidade, fundamento e caminho para a paz, o tema escolhido pelo Papa Francisco para o 47° Dia da Paz


"Fraternidade, fundamento e caminho para a paz” é o tema do 47° Dia Mundial da Paz, a ser celebrado no dia 1 de Janeiro de 2014. O Dia Mundial da Paz – recorda um comunicado do Vaticano - foi uma iniciativa do Papa Paulo VI e é celebrado no primeiro dia de cada ano. A mensagem para o Dia Mundial da Paz é enviada às Igrejas particulares e às Chancelarias de todo o mundo, para lembrar o valor essencial da paz e a necessidade de se trabalhar incansavelmente para alcançá-la.
O Papa Francisco escolheu como tema da sua primeira Mensagem para o Dia Mundial da Paz a fraternidade. Desde o início do seu ministério como bispo de Roma, o Papa tem sublinhado a importância de superar uma certa "cultura do desperdício" e de promover a "cultura do encontro”, para caminharmos rumo à realização de um mundo mais justo e pacífico.
A fraternidade é um dom que cada homem e cada mulher traz consigo como ser humano, filho do mesmo pai. Diante das múltiplas tragédias que afectam a família das nações - pobreza, fome, subdesenvolvimento, conflitos, migrações, inquinamentos, desigualdades, injustiças, criminalidade organizada, fundamentalismos - a fraternidade é o fundamento e o caminho para a paz.
A cultura do bem-estar faz perder o sentido da responsabilidade e da relação fraterna. Os outros, em vez de serem nossos “semelhantes” aparecem como antagonistas ou inimigos, e são muitas vezes 'coisificados". Não é raro que os pobres e necessitados sejam considerados um "fardo", um impedimento ao desenvolvimento. No máximo, são objecto de ajuda assistencial ou de compaixão. Ou seja, eles não são vistos como irmãos, chamados a partilhar os dons da criação, os bens do progresso e da cultura, a participar na mesma mesa da vida em plenitude, a serem protagonistas do desenvolvimento integral e inclusivo.
A fraternidade, dom e empenho que vem de Deus Pai, exige empenho de sermos solidários contra as desigualdades e a pobreza que enfraquecem a vida social, a cuidarmos de cada pessoa, especialmente os mais pequenos e indefesos, a amá-la como a si mesmo , com o próprio coração de Jesus Cristo.
Num mundo em que aumenta constantemente a interdependência, não pode faltar o bem da fraternidade, que vence a propagação daquela globalização da indiferença, à qual o o Papa Francisco mencionou várias vezes. A globalização da indiferença deve dar lugar a uma globalização da fraternidade.
A fraternidade envolva todos os aspectos da vida, incluindo a economia, as finanças, a sociedade civil, a política, a pesquisa, o desenvolvimento e as instituições públicas e culturais.
O Papa Francisco, no início do seu ministério, com uma mensagem que está em continuidade com as dos seus Predecessores, propõe a todos a via da fraternidade, para dar um rosto mais humano ao mundo.








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