Papa Francisco no encontro com Bispos no Brasil: "Amazônia é relevante para o caminho
da Igreja e para toda estrutura social"
Rio de Janeiro (RV) – Na quinta-feira, 27, durante a Jornada Mundial da Juventude,
o Papa Francisco participou de um encontro com a Presidência da CNBB, Cardeais e Bispos
do Brasil, com quem almoçou. No seu discurso, Francisco abordou vários tópicos concernentes
à Igreja no Brasil, concluindo o mesmo falando da Amazônia.
O Papa Francisco
considera a Amazônia relevante não somente para o caminho atual e futuro da Igreja
no Brasil, mas para toda a estrutura social. “A Igreja está na Amazônia não como aqueles
que têm as malas na mão para partir depois de terem explorado tudo o que puderem”,
disse Francisco, acrescentando que “desde o início a Igreja está presente na Amazônia
com missionários, congregações religiosas e lá continua ainda presente e determinante
no futuro daquela área”. E destacou o acolhimento que a Igreja na Amazônia oferece
aos imigrantes haitianos, após o terremoto que devastou o país.
O Santo Padre
fez referência ao Documento de Aparecida, que lançou um “forte apelo ao respeito e
à salvaguarda de toda a Criação que Deus confiou ao homem, não para que a explorasse
rudemente, mas que tornasse ela um jardim”.
Mesmo reconhecendo e agradecendo
à Igreja no Brasil pelo trabalho realizado na Amazônia e pelas tantas dioceses que
enviaram missionários, leigos e sacerdotes à região, o Papa disse que “deveria ser
mais incentivada e relançada esta obra da Igreja. Servem formadores qualificados,
especialmente professores de teologia, para consolidar os resultados alcançados no
campo da formação de um clero autóctone, inclusive para se ter sacerdotes adaptados
às condições locais e consolidar por assim dizer ‘o rosto amazônico’ da Igreja”, salientou
o Pontífice.
Ao final de sua reflexão, o Papa recordou que a Igreja no Brasil
“é um grande mosaico de ladrilhos, de imagens, de formas, de problemas, de desafios,
mas que por isto mesmo é uma enorme riqueza. A Igreja não é jamais uniformidade, mas
diversidades que se harmonizam na unidade, e isso é válido em toda a realidade eclesial”.
(JE)