2013-07-30 14:10:43

Líderes das Igrejas Ortodoxas apelam pelos cristãos no Oriente Médio


Moscou (RV) – Os primazes e representantes das Igrejas ortodoxas reunidos em Moscou para as celebrações em homenagem aos 1025 anos de Batismo da Rússia divulgaram uma declaração conjunta. O principal tema abordado é a situação dos cristãos no Oriente Médio. Em 25 de julho, durante uma reunião no Kremlin, o texto dessa declaração foi entregue pelo Patriarca Kirill ao Presidente da Federação Russa, Vladimir Putin.

“Consideramos que é nosso dever levar a voz em defesa dos nossos irmãos cristãos, que hoje são perseguidos em várias regiões do mundo devido à sua fé”, diz o documento, acerca dos milhares de fiéis que são expulsos de suas casas e vítimas de torturas. Notícias de atrocidades e assassinatos de cristãos chegam de Nigéria, Paquistão, Afeganistão e Índia. Em Kosovo, os santuários são profanados, igrejas foram destruídas e muitas pessoas são privadas da possibilidade de visitar os túmulos de seus entes queridos e de orar a Deus na terra de seus antepassados.

Um grande número de países da região do Oriente Médio é oprimido por uma onda de violência e terror, em que as vítimas são os cristãos. “A Líbia, onde os cristãos quase desapareceram, está dividida em tribos constantemente em guerra uns com os outros. Não param os ataques terroristas no Iraque, onde permanece apenas um décimo dos um milhão e meio de cristãos que viviam ali”, aponta a declaração.
Os conflitos afetam em primeiro lugar os grupos mais vulneráveis da população, entre os quais estão as minorias étnicas e religiosas. Os Primazes das Igrejas do Oriente Médio expressam grande preocupação pela situação na região e temor pelo futuro dos cristãos que lá habitam. “Hoje, é particularmente dramática a situação na Síria. Em meio a guerra em andamento, há um extermínio em massa de cristãos e de membros de outros grupos religiosos”.

O documento ainda salienta que cenas de violência, execuções públicas, humilhações e todos os tipos de violação aos direitos humanos tornaram-se habituais. “Os meios de informação do mundo, assim como muitos políticos, deixaram passar em silêncio a tragédia dos cristãos no Oriente Médio”, denunciam. O apelo é feito a todas as partes dos conflitos e a todos aqueles que podem vir a influenciar politicamente a situação.

Ao final do documento, o pedido é reforçado: “Como servidores do Deus Eterno, nós elevamos com fervor as nossas orações ao Príncipe da paz, ao Senhor Onipotente, para a restauração da paz e do amor fraterno na terra do Oriente Médio, para o retorno dos refugiados aos vilarejos natais, pela recuperação dos feridos e o repouso das vítimas inocentes”. (NV)







All the contents on this site are copyrighted ©.