2013-07-25 17:06:54

Luta contra o cancro da mama e do útero em África: Primeiras-Damas pedem mais recursos


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As Primeiras-Damas e Esposas de Chefes de Estados e de Governos africanos, estiveram reunidas entre 21 e 23 de Julho corrente, em Maputo, na 7ª Conferência Africana sobre o cancro do colo uterino, da mama e da próstata.

No encontro, onde estiveram presentes cerca de duas mil pessoas, dentre as quais, 15 Primeiras-Damas de África, delegados, parlamentares e ministros da Saúde africanos, a directora do Gabinete da Esposa do Presidente da Republica, Flávia Cuereneia, leu o comunicado final do encontro, cuja sintese, se segue:

As Primeiras-Damas reconheceram os esforços da comunicação social e da sociedade civil, como complemento dos esforços para a luta contra estas doenças. Também enalteceram o apoio prestado pelos seus parceiros bilaterais e multilaterais, apelando para que continuem a trabalhar em estreita colaboração com os estados membros da União África.

Sociedade civil alia-se a luta contra o cancro

Ainda no decurso do encontro, a sociedade civil dos países africanos representados na conferência, teve o espaço para deixar algumas recomendações às primeiras-damas e chefes de Estados africanos. Oswaldo Petesburgo, foi quem leu a mensagem da sociedade civil, a qual se compromete em dar todo o apoio nesta nobre causa de prevençao e combate ao cancro da mama, do colo uterino e da próstata.

Era Oswaldo Petesburgo, lendo a mensagem em representação da sociedade civil africana. Entretanto, no final do encontro, as Primeiras-Damas de África e esposas dos Chefes de Estados africanos, reiteraram os esforços e compromissos na luta contra este mal, que ceifa inúmeras vidas humanas, sobretudo das mulheres.

Coube ao Director Nacional de Saúde Pública de Moçambique, Mouzinho Saíde, a leitura da Declaração de Maputo, subscrita pelas 15 Primeiras-Damas de África presentes na 7ª Conferência Africana do cancro da mama, do colo uterino e da próstata.

Cancros da mama e do colo uterino matam 2.500 mulheres ao ano.

De acordo com o Presidente da República de Moçambique, Armando Guebuza, em cada 100 mulheres africanas com o cancro da mama, cerca de 54 morrem devido ao diagnóstico tardio da doença e ao facto de os sistemas nacionais de Saúde estarem a enfrentar várias limitações que impedem que o tratamento seja adequado e atempado.

O Chefe do Estado fez esta declaração falando na 7ª Conferência das Primeiras-Damas Africanas sobre o Cancro do Colo do Útero, Mama e da Próstata que se realizou pela primeira vez num país de expressão portuguesa e sob o signo “Juntos Podemos Salvar Vidas”.

Em Moçambique, explicou Armando Guebuza, estima-se que oito em cada 100 novos casos de todos os cancros na mulher moçambicana sejam de cancro da mama. Só em 2008 calcula-se que que tenham ocorrido 945 novos casos deste tipo de cancro, com 512 mortes, o que significa que morrem 54 em cada 100 mulheres moçambicanas diagnosticadas com o cancro da mama.

Quanto ao cancro do colo do útero, no nosso país, cerca de 32 em cada 100 novos casos de todos os cancros na mulher correspondem a esta doença, ou seja, mais de 3400 novos casos e cerca de 2300 mortes por ano. Tal significa que 64 em cada 100 mulheres moçambicanas com cancro do colo do útero morrem porque o diagnóstico é feito já em fase avançada da doença.

Mortes que podem ser evitadas!

Portanto, neste país, morrem anualmente cerca de 2.500 mulheres devido ao cancro da mama e da prostata. Entretanto, para o Presidente da República de Moçambique, o facto de o cancro do colo do útero poder ser evitado, significa que “o poder de evitar a morte de muitas mulheres e o peso desta doença nas nossas sociedades está nas nossas mãos”.

De referir que a 7ª Conferência Africana sobre o cancro da mama, do colo uterino, foi organizada pelo Gabinete da Esposa do Presidente da República, Maria da Luz Guebuza, em coordenação com o Ministério da Saúde e a Princess Nikky Brest, directora executiva e fundadora da Cancer Foudation da Nigéria. E a 8ª Conferência vai ter lugar em Julho do próximo ano, na Namíbia.

Hermínio José








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