2013-07-24 00:00:00

A produção de Hóstias para a Missa em Aparecida


Aparecida (RV) – A visita do Papa Francisco ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida nesta quarta-feira, obrigou uma produção em escala, e em ritmo acelerado, de hóstias. A Irmã Maria Alice da Silva, Elaine Ribeiro Queiroz e Regina Luz - responsáveis pela fabricação das hóstias distribuídas nas missas celebradas na Basílica -, estão desde o início do mês fabricando 30 mil hóstias por dia, um incremento de 50% na produção.
Para produzir hóstia, é necessário apenas farinha de trigo e água. Depois de preparada, a massa é assada a 280ºC, armazenada e posteriormente cortada. São três tamanhos oficiais: P, G e GG. As primeiras são comungadas pelos fiéis; as intermediárias, usadas pelos sacerdotes na consagração ou oferecidas aos bispos; e as maiores, são confeccionadas apenas para eventos especiais que reúnem multidões, como é o caso da visita do Papa.
Após cortadas, as hóstias ainda passam por um processo de seleção. “Muitas se quebram durante o processo, por isso, é preciso fazer uma peneira para deixar somente as que estão perfeitas”, conta Regina, que vive com orgulho a experiência de alimentar espiritualmente o pontífice. “É uma sensação muito gostosa saber que o papa vai consagrar uma hóstia feita por nós”, afirma.
Foi necessário fazer uma escala no trabalho realizado na “sala das hóstias”, para atingir o número de partículas necessárias para a celebração. O turno começa às 7 horas, extendendo-se até às 17 horas, de segunda a sexta-feira. “Se não começarmos cedo, não dá tempo. Em média, são 20 mil hóstias distribuídas todos os dias na Basílica. Para a missa do Papa, temos de deixar 200 mil prontas”, diz Elaine. A maior parte delas já estará consagrada no dia da visita de Francisco.
As hóstias tem um prazo de validade de seis meses. Elas são armazenadas em sacos com mil unidades, que acabam sendo consumidas em, no máximo, dois meses. O material que sobra é distribuído para instituições de caridade ajudadas pelo Santuário e vira pão, bolo e pizza. “Há ainda quem use como base de canapés, com patês. Fica muito gostoso”, diz a irmã Alice. “Vou madrugar para poder estar perto dele na igreja. Não é todo dia que temos a oportunidade de receber Francisco em nossa comunidade.”
(O Estadão - JE)









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