Papa Francisco rumo ao Rio de Janeiro: Resgatar a dignidade aos jovens
Cidade do Vaticano (RV) - Uma viagem para encontrar-se com os jovens que não
devem ser isolados, mas ajudados a enfrentar as dificuldades de cada dia como, por
exemplo, a falta de trabalho. Este foi um dos conceitos expressos pelo Papa Francisco
aos cerca de 70 jornalistas no avião da companhia Alitalia que o leva ao Rio de Janeiro
para a Jornada Mundial da Juventude.
Segundo o Diretor da Sala de Imprensa
da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, o Santo Padre destacou a necessidade de resgatar
a dignidade dos jovens e que seu isolamento é uma injustiça.
"Os jovens pertencem
a uma família, a uma pátria, a uma cultura e uma fé. Eles possuem uma riqueza que
constitui o futuro de um povo. O futuro é também dos idosos, pois eles são os depositários
da sabedoria da vida, da história, da pátria e da família. Um povo tem futuro se caminha
com a força dos jovens e dos idosos", ressaltou o Papa.
Em seguida, Francisco
fez uma reflexão sobre a crise econômica mundial e o fato de os jovens não encontrarem
trabalho. "Corremos o risco de ter uma geração que não teve trabalho. É do trabalho
que vem a dignidade da pessoa, o conquistar o seu pão cotidiano", sublinhou.
O
Santo Padre falou também sobre a cultura da indiferença que se reflete no deixar de
lado os idosos e destacou a necessidade de promover uma cultura da inclusão e do encontro.
O Papa pediu aos jornalistas para ajudá-lo e que eles trabalhem para o bem da sociedade,
dos jovens e dos idosos.
Pe. Lombardi apresentou ao Papa Francisco os jornalistas
de vários países presentes no avião papal. Valentina Alazraki, correspondente na Itália
para a rede televisiva mexicana, saudou o Santo Padre em nome de todos os jornalistas
dando-lhe uma pequena imagem de Nossa Senhora de Guadalupe, Padroeira da América Latina.
Em
sua saudação, Valentina citou a passagem bíblica de Daniel na cova dos leões, referindo-se
aos jornalistas que muitas vezes são retratados como tais. O Papa brincou sobre esta
questão, afirmando que os leões não eram tão ruins assim e confessou não dar entrevistas
porque é cansativo fazê-las. (MJ)