2013-07-18 11:52:11

JMJ como lua de mel


Milão (RV) – Laura Plebani e Emanuele Bazzotti, dois jovens milaneses, casaram-se em 21 de junho. Uma história de amor nascida durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de 2005, em Colônia, que embarca rumo ao Brasil – sem esquecer os pobres.

Amor à primeira vista durante a JMJ na Alemanha. Ela estava com o grupo da Ação Católica de Milão e ele com os jovens da paróquia de seu bairro, Pratocentenaro. “Mal o vi, já estava imediatamente apaixonada”, relembra Laura. Em Colônia, no entanto, não houve oportunidade de conversarem e se conhecerem. “Emanuele tinha namorada. Posteriormente, quando voltei a Milão, depois de alguns meses, descobri que ele estava solteiro”.

Determinada e sabendo o que queria, Laura conta que começou a procurar informações sobre o amado através de amigos e contatos em comum. Em uma noite foi até a paróquia de Emanuele, onde ele tocava com seu grupo de rock. Conhece-o e o conquista. Hoje, após sete anos de namoro, são marido e mulher.

Ela, 28 anos, com cabelos curtíssimos e ar alegre, estudou Cinema no Centro Experimental de Roma, sonha em se tornar diretora e trabalha como free-lance. Ele, 32 anos, com longos cabelos pretos e estilo roqueiro, é formado em Engenharia Espacial. “Todos se espantam quando conto”, comenta. Porém, sua verdadeira paixão é a guitarra. Atualmente é professor em algumas escolas de música e escreve artigos sobre o instrumento para uma revista especializada.

Além disso, Emanuele faz parte de Shekinah, o coral da Pastoral da Juventude Diocesana que, há anos, se dedica à animação dos momentos de oração dos jovens – em particular, nas vigílias diocesanas na Catedral de Milão. Também com o coral, Emanuele e Laura participaram juntos da JMJ de Madri, há dois anos. “Escolhemos o dia 21 de junho por diversos motivos: porque o primeiro dia de verão simboliza mudança para nós, a passagem da juventude para a idade adulta e porque é dia de São Luis Gonzaga – padroeiro dos jovens”.

Um casamento decisivamente não tradicional, sóbrio, essencial e simples: celebração e, em seguida, jantar na paróquia da igreja, organizada contando com a colaboração de cada um. “Meus pais levaram as bebidas e a família da Laura levou comida”, conta Emanuele. “Alguns amigos assaram a carne na grelha e todos tinham coisas para fazer. As roupas do casamento foram adquiridas em uma rede de vestuário “low cost” em vez de lugares elegantes”.

Eles mesmos fizeram as alianças. “Fizemos em um laboratório ligado a uma cooperativa social onde trabalham pessoas inválidas. Criamos nós mesmos, derretendo o ouro recuperado de objetos e presentes que não usávamos mais. Foi um trabalho muito simbólico: o casamento não é um fim, é o início do nosso caminho juntos”. O casal diferencia até mesmo na lua de mel, que será na JMJ no Rio de Janeiro. “Aderimos à proposta da Pastoral Jovem de Milão; inscrevemo-nos como casal independente”.

A partida, realizada ontem, teve como primeiro destino a Paróquia Nossa Senhora das Graças, em São Paulo – administrada por um padre italiano – para viverem a semana missionária, hospedados por famílias locais. No dia 22 irão para o Santuário de Aparecida e, depois, ao Rio. Para eles, nada de lista de casamento tradicional. “Não precisamos de nada e não queremos presentes inúteis. Pedimos a todos, se quiserem e com toda liberdade, nos darem dinheiro. Levamos ao Brasil tudo o que conseguimos – cerca de cinco mil euros. Uma parte é para a paróquia que nos hospeda em São Paulo e o resto destinaremos a vários projetos de desenvolvimento do país”. (NV)







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