2013-07-12 14:06:56

SECAM deseja ser Observador na ONU


Kinshasa (RV) - O SECAM, Simpósio das Conferências Episcopais da África e Madagascar, está procurando obter o status de Observador junto à ONU: foi o que anunciou o Cardeal Polycarp Pengo, Presidente do Simpósio, que nos dias passados inaugurou a 16ª Plenária do organismo em Kinshasa, na República Democrática do Congo. Os trabalhos se encerram no domingo, dia 14 e são dedicados ao tema da reconciliação, da justiça e da paz.

No seu discurso, o Cardeal Pengo motivou a decisão com o objetivo de “levar a contribuição da Igreja em âmbito continental, para tentar apoiar a África”. O purpurado exortou ainda os jovens africanos a multiplicarem seus esforços para criar estruturas sociais equânimes e justas, em favor de um desenvolvimento humano integral de todo o Continente.

“Nos últimos 30 anos – disse o Cardeal Pengo – a Igreja em todo o mundo presenciou grandes mudanças que apresentam novos desafios para a missão de evangelização que Jesus nos confiou e algumas dessas mudanças sociais, políticas e culturais derivam do fenômeno da globalização e da secularização”.

Diante de tal cenário, continuou o presidente do SECAM, a Igreja não ficou indiferente, e onde quer que se encontre, promoveu a promove ainda “o desenvolvimento espiritual, moral e sócio-econômico das pessoas”, dando “contribuições importantes no campo da educação, da agricultura, dos serviços sociais e de saúde”, entre esses o apoio aos “doentes de AIDS e de lepra”.

Em seguida, o Cardeal Pengo destacou, com tristeza, que “se olharmos para trás, para os últimos 50 anos de independência política do Continente, encontramos em grande parte uma história de desafios econômicos e sócio-políticos”, nos quais se identificam “problemas de mau governo, conflitos étnicos e religiosos, pobreza, avidez, egoísmo, exploração dos recursos e destruição do meio ambiente”.

Pensando depois, no que escreveu Bento XVI na Exortação Apostólica “Africae Munus” – ou seja, que “no plano social, a consciência humana é interpelada pelas graves injustiças presentes no nosso mundo, em geral, e dentro da África, em particular” – o purpurado reafirmou a importância de “encorajar os fiéis leigos a abraçarem o compromisso político como um apóstolo, para instituir o reino da justiça, do amor, e da paz, em nome do bem comum e em linha com a Doutrina Social da Igreja”. (SP)







All the contents on this site are copyrighted ©.