2013-07-09 20:47:23

Reflexões do Cardeal Rylko sobre as JMJ e do Rio/2013


Cidade do Vaticano (RV) – A próxima Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro (JMJ Rio/2013) terá uma série de novidades: foi o que afirmou o Presidente do Pontifício Conselho para os Leigos, Cardeal Stanislaw Rylko.

Após 26 anos de sua instituição, a JMJ volta a América Latina. De fato, em 1987, a JMJ realizou-se, pela primeira vez, fora de Roma, na capital argentina: Buenos Aires. Precisamente naquela ocasião, iniciou-se a peregrinação planetária dos jovens cristãos, nas pegadas do Sucessor de Pedro, que continua, ainda hoje, a surpreender o mundo.

Quanta alegria de fé! Quanto entusiasmo missionário! Quanto amor pelo Papa e pela Igreja! Ao ver as numerosas multidões de jovens, reunidas na Avenida 9 de Julho, em Buenos Aires, o bem-aventurado João Paulo II disse: “Quero repetir, mais uma vez, o que disse no primeiro dia do meu Pontificado: ‘Vocês são a esperança do Papa. Vocês são a esperança da Igreja’.”

A JMJ Rio/2013 apresenta também outra importante novidade, afirmou o Cardeal Rylko: ela foi convocada por Bento XVI e será presidida pelo Papa Francisco, proveniente do continente latino-americano. Desde a sua eleição, ele aceitou este desafio, sem hesitar. Os caminhos do Senhor são realmente imperscrutáveis!

A JMJ Rio/2013, que terá como tema “Ide e fazei discípulos entre todas as nações” (Mt 28,19), está inserida, organicamente, no contexto do caminho da Igreja, que, em nosso tempo, se sente impelida pelo Espírito Santo a renovar seu dinamismo missionário.

A JMJ do Rio será inserida também no contexto do caminho da Igreja na América Latina, que, graças à V Conferência Geral das Conferências Episcopais da América Latina e do Caribe, em Aparecida, em maio de 2007, está passando por um período de forte impulso missionário, enquanto engajada na “Missão Continental”.

Em nível de Igreja Católica, a JMJ Rio/2013 se insere ainda no âmbito do “Ano da Fé”, convocado por Bento XVI, com o Motu próprio “Porta fidei” (Porta da Fé).

Eis, portanto, diz o Cardeal Rylko, os vastos horizontes da vida eclesial, em que se insere a JMJ Rio/2013. Trata-se de um dom particular que toda a Igreja, mas, sobretudo, a Igreja no Brasil, deve acolher com alegria e gratidão, como também com forte sentido de responsabilidade, porque as expectativas para este grande evento, em todo o mundo, são enormes.

A instituição das JMJ na Igreja foi, indiscutivelmente, uma das grandes escolhas proféticas do bem-aventurado João Paulo II. Desta maneira, ele deu impulso a uma aventura espiritual, que envolveu e envolve milhões de jovens de todos os Continentes. A história destes encontros mundiais de jovens com o Sucessor de Pedro já atingiu o recorde de 25 anos.

Quantas mudanças de vida! Quantas descobertas na vida dos jovens! A descoberta de Cristo “Caminho, Verdade e Vida”; a descoberta da Igreja, como mãe e mestra e como “encontros de amigos”, que nos sustenta em nosso caminho; a descoberta do Sucessor de Pedro, como guia seguro e amigo, em quem confiar!

Quantas vocações ao sacerdócio e à vida religiosa amadureceram nestes anos! Sem dúvida, graças às JMJ, a Igreja reencontrou, às portas do Terceiro Milênio, seu rosto jovem, seu entusiasmo e coragem renovada!

Há sempre uma interrogação, que surge em cada edição da JMJ: “Qual o segredo deste fenômeno surpreendente, que desvendou ao mundo, um rosto, totalmente inesperado, não só da Igreja, mas também dos próprios jovens?”.

As JMJ são um dom, que continua a suscitar admiração na Igreja e fora dela; representam o rosto de uma juventude bem diferente do que a mídia apresenta: aquele de uma juventude sedenta de valores e à busca do sentido mais profundo da vida. Deixando de lado as falsas ideologias e os falsos mestres, os jovens buscam respostas para as questões fundamentais da vida e as buscam em Cristo e na sua Igreja.

Durante os últimos 25 anos, as JMJ se tornaram um poderoso instrumento de evangelização. A JMJ Rio/2013 inaugura uma nova etapa deste fascinante itinerário dos jovens do mundo, nas pegadas do Sucessor de Pedro, através dos Continentes.

Desde o início de seu breve Pontificado, Papa Francisco revelou-se logo “pai e amigo” dos jovens; demonstrou um grande carisma de comunicador com os jovens, mediante uma linguagem simples e direta, capaz de atingir o coração e sacudir as consciências. Temos certeza de que a palavra e o testemunho pessoal deste Papa latino-americano serão uma mensagem forte para a próxima JMJ. Ele convidará os jovens a serem realmente discípulos e missionários.

A estrutura do programa da JMJ Rio/2013 será igual à das demais edições. Sabemos, porém, que, ao mudar as condições culturais e as tradições religiosas dos Países, sede deste importante evento eclesial, muda também o clima geral da Jornada, tornando-a, praticamente, singular e única.

O Cardeal Rylko conclui suas reflexões sobre as JMJ, dizendo que “temos a certeza de que os jovens brasileiros, protagonistas deste próximo evento, saberão transmitir aos seus coetâneos, provenientes do mundo inteiro, a beleza das suas ricas tradições religiosas e da sua fé. Por sua vez, os jovens do mundo ocidental, tão secularizado, precisam de um testemunho de fé jovem e cheio de entusiasmo, típico dos Países latino-americanos. (MT)








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