Bispos asiáticos condenam violência contra templo budista
Nova Délhi (RV) - Os bispos asiáticos condenaram fortemente a violência contra
o templo budista de Bodhgaya. Os prelados reprovaram também a mentalidade da divisão
e a discriminação que alimenta a violência.
"Os bispos pediram um compromisso
sério com a harmonia inter-religiosa e justiça em favor dos pobres e minorias", disse
à Agência Fides o Secretário Executivo do Instituto de Desenvolvimento Humano na Federação
das Conferências Episcopais da Ásia (FBAC), Pe. Nithiya Sagayam, expressando a posição
do organismo sobre o atentado ocorrido na manhã deste domingo, 7 de julho, contra
o templo budista de Bodhgaya, no estado indiano de Bihar.
Trata-se do mais
importante santuário budista do mundo, patrimônio mundial da UNESCO, onde se encontra
a árvore sob a qual o príncipe Siddhartha Gautama teria atingido a iluminação no século
VI a. C. Segundo as investigações preliminares sobre o ataque, que feriu dois monges,
segue-se a pista de violência islâmica que pode estar ligada à violência perpetrada
por extremistas budistas contra os muçulmanos em Mianmar.
Pe. Sagayam, diretor
de "Udhayam", centro pela paz instituído pelos Frades Capuchinhos no Estado indiano
de Tamil Nadu, reiterou a importância de trabalhar no âmbito local. "Todo bispo em
sua diocese é chamado a trabalhar pela paz, reconciliação, harmonia e justiça social.
É importante que este trabalho seja feito em vários territórios, dioceses e nações
asiáticas. Para construir a paz, não se pode agir partindo do alto, mas do baixo,
cada um em sua própria nação, atingindo toda a Ásia", frisou o sacerdote.
A
Ásia é um continente que precisa da paz como um pré-requisito para um autêntico desenvolvimento
humano que respeite a dignidade de cada pessoa. (MJ)