Alegria e coragem, no serviço da Igreja e no anúncio do Evangelho: exortação do Papa
Francisco, ao meio-dia
Como sempre, aos
domingos, ao meio-dia o Papa falou à multidão dos fiéis congregados na Praça de São
Pedro, para a recitação do Angelus.
Papa Francisco começou por exprimir a alegria
de ter encontrado neste sábado e domingo, uma peregrinação especial do Ano da fé:
a peregrinação dos seminaristas, noviços e noviças. Peço-vos para rezardes por
eles, para que o amor por Cristo amadureça cada vez mais na sua vidae se tornemverdadeiros missionáriosdo Reino de Deus
Sublinhando que na Igreja a missão nunca
é um acto isolado, o Papa fez notar que o Evangelho deste Domingo (Lc 10:1-12.17-20)
fala precisamente do facto que Jesus não é um missionário isolado, não quer realizar
sozinho a sua missão, mas envolve seus discípulos. E hoje vemos que, além dos
Doze Apóstolos, chamou outros setenta e dois, e os manda para as aldeias, dois a dois,
para anunciar que o Reino de Deus está perto.
Isto é muito bonito!
Jesusnão queragir
sozinho, veio trazerao mundo
oamor de Deus equer difundi-lo
como estiloda comunhão e
dafraternidade.Por isso
eleformalogouma comunidade de discípulos, que é uma
comunidademissionária. Imediatamente treina-os
paraa missão,para
ir. Mas atenção (prosseguiu o Papa): a finalidade não
ésocializar,passar algum
tempo juntos, não, a finalidade éanunciar
o Reino deDeus, e istoé
urgente!, não hátempo a perdernaconversa,não
é necessário esperar pelo consentimento de todos, é preciso ir
eanunciar. Paratodos deve-se levar a pazde Cristo,
e se não a acolhem, vai-se para frente. Aos doentes leva-se
a cura,porque Deusquer curaro homem detodas as enfermidades.Quantosmissionáriosfazem
isto! Semeiam vida, saúde e confortopara as periferiasdo mundo. O
Santo Padre continuou dizendo que os setenta e dois discípulos a quem Jesus enviou
à frente dele podiam representar os outros ministros ordenados, os presbíteros e os
diáconos mas, num sentido mais amplo, podem também representar outros ministérios
na Igreja como os catequistas e os fiéis leigos que se empenham nas missões paroquiais
ou trabalham com os doentes ou pessoas com várias formas de desconforto e marginalização,
mas sempre como missionários do Evangelho, com a urgência do Reino que está perto.
A
terminar, uma exortação aos presentes para ninguém se vangloriar porque o único protagonista
é o Senhor e a sua graça. E a nossa alegria é apenas esta: sermos seus discípulos,
seus amigos – concluiu o Papa, invocando Nossa Senhora para que nos ajude a sermos
bons operários do Evangelho.
Depois do Angelus, e a propósito da Encíclica
Lumen Fidei (A luz da fé) recentemente publicada, um projecto iniciado por Bento XVI
e levado ao fim pelo Papa Francisco, o Papa disse: Ofereço este projecto
com alegria a todo o Povo de Deus: todos, de facto, especialmente hoje em dia, temos
necessidade de ir ao essencial da fé cristã, de aprofundá-la e confrontá-la com as
problemáticas actuais. Mas penso que esta Encíclica, pelo menos em algumas partes,
pode ser útil também para quem está à procura de Deus e do sentido da vida. Coloco-a
nas mãos de Maria, ícone perfeito da fé, para que pode trazer aqueles frutos que
o Senhor quer.
Finalmente, uma palavra aos jovens da Diocese da Roma
que se preparam para partir para a JMJ do Rio:
Queridos jovens, também
eu me estou a preparar! Caminhemos juntos rumo a esta grande festa da fé, e que a
Virgem Maria nos acompanhe.