2013-07-04 18:28:13

Santa Sé recomenda uso da tecnologia de modo eticamente responsável


Genebra (RV) - É necessário um uso "eticamente responsável da tecnologia", a fim de que se desenvolvam "formas de solidariedade realmente em favor dos países mais pobres": foi o que afirmou na manhã desta quinta-feira o observador permanente da Santa Sé no escritório da ONU em Genebra, na Suíça, Dom Silvano Maria Tomasi.

O arcebispo pronunciou-se na reunião de alto nível da Ecosoc, o Conselho econômico e social das Nações Unidas, dedicado ao tema "Ciência, tecnologia, inovação e o potencial da cultura na promoção do desenvolvimento sustentável".

"A promoção do conhecimento científico nas nações em desenvolvimento e a difusão da tecnologia tornaram-se um componente moral do bem comum", disse Dom Tomasi. Mais ainda, reiterou, que hoje o desenvolvimento dos povos é erroneamente considerado somente como "uma questão puramente técnica", ligada ao mercado ou aos investimentos produtivos: todos fatores de "grande importância", reconheceu o prelado.

Todavia, é preciso recordar que "um progresso meramente econômico e tecnológico é insuficiente", porque "o desenvolvimento deve ser verdadeiro e integral, abraçar todas as aspirações da pessoa humana, que permanece sendo o melhor recurso e o indispensável protagonista" desse desenvolvimento.

O representante vaticano acrescentou que "o desenvolvimento é impossível sem homens e mulheres retos, sem agentes financeiros e políticos cuja consciência esteja em sintonia com as necessidades do bem comum".

Daí, o chamado à comunidade internacional a fim de que se redefina o desenvolvimento sustentável baseado em três pilares: "econômico, ambiental e social", de modo que ele realmente represente "um modo eficaz para combater a pobreza e melhorar a vida da população mundial".

Por fim, o observador permanente deteve-se sobre a importância da cultura, reiterando que "sem cultura, nenhum ser humano tem acesso, de modo pleno, à palavra, à razão e também à liberdade".

Por isso, as relações entre cultura e desenvolvimento "devem ser consideradas de modo dialético e não determinístico", porque "a cultura é um recurso estratégico para um desenvolvimento humano eficaz que deve incluir o melhoramento da dignidade humana, da liberdade individual, social e política e dos direitos humanos". (RL)







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