Buenos Aires (RV) – “Foi emocionante, mas Papa Francisco é o Papa de todos,
por isso não houve uma atenção particular em relação a mim. O que mais me impressionou
foi, sobretudo, sua dimensão universal da Igreja. Também se, antes da celebração,
aconteceu um fato curioso: estava rezando diante da Pietà de Michelangelo quando vejo
o Papa passar atrás de mim. Estava procurando os vários cardeais para saudá-los pessoalmente”.
Foi o que afirmou em entrevista Dom Mario Aurelio Poli, Arcebispo de Buenos Aires,
que três meses atrás foi escolhido para substituir o Papa Bergoglio na liderança da
Igreja primacial da Argentina.
Falando da marca que o Papa deixou na arquidiocese
da capital argentina, Dom Poli destacou: “O Cardeal Bergoglio costumava oferecer sua
amizade a todos e pedia expressamente aos sacerdotes ordenados por ele que o tratasse
com o ‘você’. A isso se acrescentava um estilo de vida sóbrio e de proximidade das
pessoas que, porém, não influía de modo algum em sua capacidade de tomar decisões
e de fazê-las respeitar. Um estilo que rompe com uma certa visão de episcopado e que
gostaria de continuar. Isto não vale só para Buenos Aires: hoje na Argentina está
surgindo uma nova geração de bispos que segue este estilo”, afirmou o prelado. (SP)