Karachi (RV) – A Igreja Católica de Karachi, no Paquistão, lançou grupos especiais
para proteger as minorias religiosas e, em particular, os cristãos, diante do aumento
da violência e dos atos terroristas. Segundo informa uma nota enviada à agência vaticana
Fides, durante um encontro realizado nos dias 26 e 27 de junho, a Comissão “Justiça
e Paz” da Conferência dos Superiores maiores das ordens e congregações religiosas
no Paquistão debateu técnicas e modalidades eficazes para ajudar dos fiéis a enfrentar
a emergência da violência que atravessa o País e que muitas vezes atinge comunidades
e fiéis cristãos. Por isso a Comissão organizou 15 “Grupos de proteção” formados por
fiéis cristãos das diferentes confissões, por pastores, advogados, médicos e outros
profissionais.
Os grupos formados pela Comissão monitorarão fatos de violência
sectária ou graves episódios de discriminação contra os cristãos, contribuindo para
promover a legalidade e a justiça no Paquistão. Rasheed Gill, leigo católico, animador
da Comissão “Justiça e Paz”, explica à Fides: “A segurança no País está piorando.
Nas últimas semanas os fundamentalistas e os terroristas atacaram pessoas simples,
funcionários estatais, policiais, presos, advogados, mesquitas, turistas. Queremos
apoiar e proteger as minorias religiosas mais marginalizadas, através de programas
de sensibilização”.
Os especiais “Grupos de proteção” atuarão em várias áreas
do País, monitorando as violações dos direitos humanos, oferecendo assistência à Comissão
também do ponto de vista legal. Para Gill, o objetivo é criar trinta destes grupos,
durante um período de três anos, para atingir todo o território nacional.
O
Pastor Nasir John, integrante do primeiro Grupo, disse à Fides: “Esses grupos preenchem
um grande vazio: muitos cristãos, por causa dos problemas da violência, são obrigados
a deixar o trabalho ou se transferir de cidade”. Além disso, no Paquistão, as minorias
religiosas, como os cristãos e os hindus, não alimentam a corrupção: não pagam propinas
a funcionários publicou e a juízes que, por causa disso, os descriminam ou condenam.
(SP)