Igeja de Roma funda-se sobre o martírio - Papa no Angelus em que pediu orações pelo
povo da República Centroafricana
Ao meio dia, da janela do Palácio Apostólico, o Papa Francisco, retomou, antes da
oração mariana do Angelus, o tema da festa dos Santos Pedro e Paulo, dizendo que é
de modo especial uma festa da Igreja de Roma, Igreja que se funda sobre o martírio
destes dois Apóstolos. Mas é também uma festa da Igreja Universal porque o povo de
Deus a eles deve o dom da fé. A providencia quis que ambos chegassem a Roma e aqui
versassem o sangue pela fé. É por isso – frisou o Papa - que Roma se tornou, “imediata
e espontaneamente, ponto de referencia para toda a Igreja espalhada pelo mundo. Não
pelo poder do Império, mas pela força do martírio, do testemunho prestado a Cristo”.
“No fundo, é sempre e somente o amor de Cristo que gera a fé e que manda para
a frente a Igreja”
O Papa convidou depois a pensar em Pedro que não confessou
a sua fé pelas suas capacidades humanas, mas porque foi conquistado pela graça que
Jesus difundia. O mesmo acontece com Paulo que, quando jovem, era inimigo dos cristãos,
mas quando Cristo Ressuscitado o chamou pelas vias de Damasco, compreendeu que Jesus
não tinha morrido, estava vivo, e amava a ele também que era seu inimigo – disse o
Papa, indicando nisto a experiencia da misericórdia, do perdão, que Pedro e Paulo
experimentaram em si próprios e pelo qual deram a vida. E o Papa sublinhou essa grande
alegria…
“Caros irmãos, que alegria acreditar em Deus que é amor, totalmente
graça!. Esta é a fé que Pedro e Paulo receberam de Cristo e transmitiram à Igreja.
Louvemos o Senhor por estes dois gloriosos testemunhos, e como eles se deixaram conquistar
por Cristo. “
O Papa Francisco recordou também Santo André, irmão de Simão
Pedro e que partilhou com ele a fé em Jesus.
“Apraz-me recordá-lo também porque
hoje, segundo uma bela tradição, está presente em Roma a Delegação do Patriarcado
de Constantinopla, que tem como Padroeiro precisamente o Apóstolo André. Todos juntos
mandamos as nossas saudações cordiais ao Patriarca Bartolomeu I e rezamos por ele
por aquela Igreja”
Depois da oração mariana do Angelus, o Papa saudou os peregrinos
vindos de várias partes do mundo para festejar os Arcebispos Metropolitas, pedindo
orações por eles e pelas suas comunidades, de modo particular pelo povo centro africano,
duramente provado, encorajando a caminhar com fé e esperança.