Damasco (RV) - A violência na Síria não poupa a minoria cristã, cada vez mais
em dificuldade no cenário de guerra. Assaltado e destruído, no último domingo, no
nordeste do país, o convento franciscano de Santo Antônio de Pádua, em Ghassanieh,
no vale de Oronte, a 120 quilômetros de Aleppo. No ataque foi morto um religioso.
O
Arcebispo sírio-católico de Hassaké-Nisibi, Dom Jacques Behnan Hindo, disse que nos
últimos tempos, o religioso tinha lhe enviado algumas mensagens nas quais se demonstrava
consciente de viver uma situação de perigo, e oferecia sua vida pela paz na Síria
e em todo o mundo. A notícia da morte do monge, divulgada no domingo, foi confirmada
à Rádio Vaticano pelo Padre Pierbattista Pizzaballa, Custódio da Terra Santa.
R.
Confirmo a morte de um monge que vivia conosco, não era um franciscano, mas vivia
em um dos nossos conventos por motivo de segurança, porque era um monge eremita. Foi
morto no domingo, pelas forças rebeldes: Padre Francois Murad. Tinha 49 anos de idade.
P.
Por que essa violência contra um lugar cristão?
R. – Estamos sem palavras:
Infelizmente esse vilarejo no norte da Síria – perto da fronteira com a Turquia –,
junto com outros vilarejos cristãos, foi totalmente destruído e quase totalmente abandonado.
Permaneceram somente os rebeldes com suas famílias, rebeldes provenientes – é preciso
dizer –, do estrangeiro, e são todos muito extremistas, pelo menos o grupo que se
encontra ali. A única coisa que podemos dizer – além de rezar pelo Padre Francois
e por todas as vítimas – é que esta loucura acabe o quanto antes, e que não sejam
introduzidas armas na Síria, porque isso significaria somente prolongar essa absurda
guerra civil. (SP)