2013-06-22 10:19:22

Núncio Lazzarotto expressa otimismo em relação ao fim das negociações Santa Sé-Israel


Jerusalém (RV) - "Devem ser definidos certos aspectos concretos que concernem a alguns lugares e instituições da Igreja Católica na Terra Santa e a questão de princípio sobre a aplicação dos Acordos, a chamada 'validez territorial'."

Para o representante pontifício junto a Israel e à Autoridade Nacional Palestina, Dom Giuseppe Lazzarotto, esses são os dois pontos "a serem esclarecidos" para se chegar à conclusão das negociações entre Israel e Santa Sé, segundo o Artigo 10, parágrafo 2º do "Acordo Fundamental".

Em entrevista concedida ao Terrasanta.net, o núncio se diz "otimista" e explica que "é preciso definir de modo conclusivo esses aspectos para impedir que a aplicação dos Acordos seja problemática, ou crie novo problemas, ao invés de resolvê-los. Mas não estamos distantes da conclusão, não creio que falte muito: as linhas gerais já foram definidas. Trata-se agora de encontrar as formulações mais apropriadas para afirmar os princípios de modo claro: isso requer tempo".

Falando sobre as isenções fiscais das quais as instituições católicas gozaram no passado, o núncio afirma que "nos Acordos as instituições serão nitidamente distinguidas segundo a sua atividade".

"Por exemplo, será nitidamente diferenciado tudo aquilo que diz respeito à atividade comercial, para a qual se terá inevitavelmente que pagar taxas, daquilo que, ao invés, concerne à presença e o caráter de outras instituições católicas pela atividade que a instituição desempenha."

Portanto, conventos e mosteiros que não desempenham atividade de lucro "não serão tratados do mesmo modo de uma casa de acolhimento, e assim serão encontradas fórmulas para instituições com finalidades educativas ou assistenciais".

As negociações concernem também a cerca de trinta propriedades contestadas, entre elas o Cenáculo: também para esse lugar o núncio fala de "perspectivas positivas". "Todas as partes interessadas estão envolvidas: Santa Sé, Custódia da Terra Santa, autoridades israelenses, porque como se sabe o Cenáculo é propriedade familiar religiosa."

"A fórmula a ser empregada não será 'restituição', mas com realismo se está buscando se chegar a um 'uso sistemático e continuativo como Lugar Santo e, portanto, de culto' da Sala do Cenáculo." (RL)







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