2013-06-21 19:55:30

Moçambique: emboscadas provocam vítimas em Sofala


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Supostos homens da Renamo, o maior partido da oposição de Moçambique, atacaram esta segunda-feira (17), o paiol de Savane, no distrito de Dondo, província do Niassa. Da ofensiva resultaram, segundo dados oficiais, cinco mortos e dois feridos graves, todos membros das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM).
No referido ataque, os supostos ex-guerrilheiros da Renamo levaram consigo armas e munições em quantidades ainda não especificadas e desapareceram sem deixar rastos.
Renamo desmente a autoria dos ataques
No entanto, em jeito de reacção, a Renamo convocou esta quarta-feira (19) uma conferência de imprensa, tendo aquela formação política, na pessoa, do chefe do departamento de informação, Jerónimo Malagueta, dito que os acontecimentos de Savane, ou por outra, o ataque ao paiol de Savane não tem nada a ver com as forças de defesa e segurança da RENAMO.
"O Governo e o partido no poder sabem muito bem disso; sabem quem foram os atacantes, porém, para enganarem a comunidade moçambicana e internacional aparecem a balbuciar de forma dissonante e, sempre com a RENAMO na ponta da língua. Sua Excelência General Afonso Macacho Marceta Dhlakama já o disse repetidas vezes que a RENAMO não é dona da guerra em Moçambique", afirmou Jerónimo Malagueta, chefe do departamento da informação da Renamo, o maior partido da oposição em Moçambique.
Primeiro-ministro condena a violência sanguinária dos homens armados da Renamo
Entretanto, o primeiro-ministro de Moçambique, Alberto Vaquina, condenou os ataques que diz categoricamente, terem sido engendrados pela Renamo. Igualmente o primeiro-ministro condenou as declarações proferidas pela Renamo, segundo as quais, ameaça paralisar a movimentação de comboios na linha-férrea que liga a cidade da Beira ao distrito de Moatize, na província de Tete, bem como de viaturas ao longo da Estrada Nacional número 1 (EN1), que liga o Norte e o Sul do país.
Alberto Vaquina defendeu que os moçambicanos não devem conviver num ambiente onde reinam mensagens de ameaças, mas sim num ambiente onde existem mensagens de paz e direito de trabalho, factores que contribuem para o desenvolvimento do país.
“Todo o tipo de mensagem que possa ser contrário ao actual estágio de Moçambique deve ser condenado. Moçambique tem um rumo, e o rumo de Moçambique é a paz e o desenvolvimento. Todos nós sabemos o que foi suportar anos de guerra e de instabilidade. Esse não é o caminho que nós queremos”, assegurou o primeiro-ministro de Moçambique.
Vaquina acrescentou ser difícil entender que um partido que está representado na Assembleia da República (AR), que é precisamente um fórum de debates de ideias, não encontre outros mecanismos pacíficos para fazer valer a suas ideias.
Ex-guerrilheiros da Renamo impedem circulação rodoviária e ferroviária
A Renamo tinha ameaçado esta quinta-feira (20) paralisar o tráfego rodoviário e ferroviário, desde o Save à Muxúngwè, sul e centro de Moçambique, respectivamente, alegadamente, porque o Governo moçambicano queria mobilizar militares para cercarem a aldeia se Satungira em Sofala, onde se encontra a residir actualmente, o líder daquele partido político da oposição, Afonso Dlhakama.
Entretanto, dados oficiais indicam que homens armados da Renamo protagonizaram nesta sexta-feira (21), ataques aos distritos de Dondo e Chibabava, na província central de Sofala, os quais resultaram em pelo menos 10 mortos e feridos, entre graves e ligeiros.Polícia deteve o chefe da Informação da Renamo
Em conferência de imprensa esta sexta-feira, o porta-voz do Comando-Geral da Polícia da República de Moçambique, Pedro Cossa, confirmou a detenção do brigadeiro da Renamo, Jerónimo Malagueta, por estar a proferir ameaças, as quais provocam instabilidade social e política no país.
De referir que nos dias 4 e 5 de Maio findo, guerrilheiros da Renamo atacaram o quartel de Muxúngwè, da ofensiva resultaram pouco mais de dez mortos e feridos.
Hermínio José








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